sexta-feira, 26 de março de 2010

Alterações na Lei Pelé = Benefício para os clubes

A Lei Pelé foi criada em 24 de marçode 1998, através da sanção do presidente Fernando Henrique Cardozo. A lei foi criada para impedir a precoce saída das jovens promessas dos clubes brasileiros, os formadores.

E nesta semana, o Ministro do Esporte, Orlando Silva, juntamente com o vice-presidente do Senado, Marconi Perillo, e vários dirigentes de clubes esportivos, reuniram-se para pedir ao Congresso Nacional mais rapidez na tramitação das alterações na Lei Pelé, a fim de dificultar a saída de jogadores jovens para clubes do exterior. A matéria já passou pela Câmara dos Deputados e ainda depende da aprovação do Senado e da sanção presidencial para se transformar em lei. Estiveram presentes à reunião o senador Demóstenes Torres e representantes da CBF, Palmeiras, São Paulo, Flamengo, Ponte Preta, Goiás, Botafogo, Corinthians, Fluminense, Guarani, Bahia, Vitória, Confederação Brasileira de Clubes (CBC), Sindicato do Futebol e FPF.

A principal intenção das mudanças é proteger o clube formador e “frear” a saída das jovens promessas que surgem a toda hora no futebol brasileiro, que a cada janela de transferências, principalmente para a Europa, aumenta o êxodo dos futuros craques. Hoje, não existe um contrato que estabeleça um vínculo entre o clube e o jogador até que ele complete 16 anos de idade. O problema é que muitos garotos na faixa de 14 e 15 anos já sofrem assédio pesado, não só de clubes do exterior, com também do Brasil. Isso chama a atenção dos clubes ricos lá de fora e as jovens promessas, onde em muitos casos o clube formador investiu e bancou ele desde as categorias de base menores, pode ver seu craque sair a preço de banana, ainda sem um contrato firmado com a equipe. Então, o clube é forçado a dar ao atleta um aumento de salário e fazer um contrato muito longo e em muitos casos com uma multa rescisória astronômica para evitar a saída dos jovens.

Vendo esta situação sendo cada vez mais comum nos clubes e com as equipes sendo muito prejudicadas, representantes, diretores e manda-chuvas dos principais times do país manifestaram interesse na mudança da lei, que até então não garante uma proteção total ao jogador jovem formado nas categorias de base dos clubes. As mudanças prevêem uma maior ação dos times sobre suas escolinhas e suas promessas, e evitar o assédio dos empresários, que vem ganhando muito espaço no futebol na atualidade. Também prevê, em caso de rescisão de contrato do atleta com o clube formador, a equipe tem direito de receber 200 vezes o valor gasto com a formação do jogador.

Estas são só algumas das alterações previstas, que com certeza darão uma maior tranquilidade aos clubes de lapidarem suas jóias sem pressão e pressa. Agora é esperar o aval dos engravatados de Brasília e do presidente Lula para botar a nova lei em vigor. E as equipes só tem a ganhar com essa boa nova para os bastidores do futebol brasileiro.

5 comentários:

  1. Bom meu caro Gabriel, espero que com essa alteração na Lei Pelé, os clubes brasileiros sejam beneficiados e também os talentos daqui fiquem mais tempo no país. Infelizmente devido a cobiça dos times europeus, ele fazem o que quer com os jogadores e fazem do futebol brasileiro uma bagunça.

    Abraços e saudações vascaínas.

    Visite-
    http://torcidacrvg.blogspot.com

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  2. Fala, cara!

    Não sei se isso vai resolver, mas que algo precisava ser feito, isso precisava. O Wellington Silva, do Flu, já vai pro Arsenal, o P. Coutinho pra Inter, jogadores do SP tentando se livrar do clube, provavelmente pensando em jogar na Europa já. Não dá nem pra curtir os caras jogando aqui, mais triste ainda é ouvir um garoto de 17 anos dizer que sonha em ir pra Europa. Antes o sonho era ir pra seleção, era o auge, agora já mudou a cabeça da molecada.


    Abraços!

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  3. É difícil, mas nada é impossível né Gabriel. Temos que esperar que dê certo e assim quem sabe nossos clubes consigam trabalhar melhor com suas jóias. Mas tem também o fator dos jogadores já sonharem em Europa antes mesmo de fazer história aqui, esse querer dos garotos também pode prejudicar de uma certa maneira os clubes.

    Abraços

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  4. Com certeza o futebol é o esporte que os brasileiros são mais apaixonados, a paixão vem do berço com o incentivo principalmente da parte do pai, que normalmente acaba influenciando o filho a torcer para o time do coração dele. Isso faz com que a criança cresça com a vontade de assistir cada jogo do seu então time do coração e torcer para que a rede do adversário balance várias vezes.

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  5. O futebol é um esporte fantástico nenhuma modalidade esportiva passa a mesma emoção para a sua torcida, não existe palavras para explicar a sensação que um torcedor sente ao ver um chute certeiro estufar as redes de proteção adversaria em uma final de campeonato.

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