quinta-feira, 23 de junho de 2011

Santos prova sua grande qualidade e fatura tri da Libertadores

A América volta a ser alvinegra. Na noite desta quarta-feira, 22 de junho de 2011, o Santos venceu o Peñarol por 2 a 1 no estádio do Pacaembu e voltou a levantar a Taça Libertadores da América depois de 48 anos. A geração comandada por Neymar consegue o principal objetivo do peixe na temporada, mostrando um futebol muito superior que seu adversário nos dois jogos a grande final. Antes do segundo jogo começar, todos apontavam o Santos como o grande favorito para conquistar o título, até pelo bom empate que obteve no jogo no Uruguai, e principalmente pela superioridade técnica e tática mostrada dentro de campo, durante toda a competição. E o peixe provou mais uma vez este favoritismo e qualidade e garantiu a taça Libertadores.

Mas, mesmo com todos estes fatores que sopravam a favor do alvinegro na final, a partida não foi fácil para o time brasileiro, pelo menos não na primeira etapa. A impressão que se ficou é de que o Santos esbarrou na própria ansiedade e nos próprios erros no primeiro tempo de partida, e também na forte marcação do Peñarol. Desde os primeiro minutos, o Santos errava muitos passes e tinha dificuldades de encaixar aquele último passe, dificuldade que ficou evidente em todo o primeiro tempo. Neymar, muito marcado, não conseguia fazer suas jogadas características. E, se ele não aparecia muito, Paulo Henrique Ganso, que voltava aos gramados depois de 45 dias parados, participava ativamente da partida, buscava as jogadas e dava seus passes. O "porém" da equipe santista era não ter um "elemento-surpresa" que chegava de trás. Arouca, muito mal na primeira etapa, errava muitos passes e quase não avançava ao ataque, ficando muito preso na marcação. Assim, o peixe se sentia limitado, diante dos uruguaios que marcavam demais e nem chegavam ao ataque. As principais chances de gol saíram dos pés de Elano, cobrando falta, que o goleiro Sosa defendeu, e de Zé Eduardo e Léo, que chutaram duas oportunidades pra fora. Primeiro tempo bastante ruim tecnicamente, onde o Santos esbarrou na própria ansiedade, e o Peñarol apenas esperava.

Na segunda etapa, porém, o Santos voltou com uma postura mais ofensiva. Tanto é que marcou o primeiro gol logo no começo. Já com dois minutos, Arouca pegou a bola no meio de campo e foi avançando. Passou por dois marcadores, tocou para Ganso, que fez o "um-dois" com um lindo toque de letra. Arouca passou por mais três e achou Neymar livre do lado esquerdo. A joia santista bateu de primeira e contou com a colaboração de Sosa para abrir o placar para o Santos, explodindo o Pacaembu. A partir daí, o peixe ficou mais tranquilo no jogo, acertando a maioria dos passes que errava no primeiro tempo e criando mais chances de ampliar o placar. O Peñarol já não tinha mais opção a não ser se lançar ao ataque para tentar pelo menos o empate. Assim, o Santos tinha muito mais espaço para trabalhar suas jogadas, mostrando toda sua superioridade técnica. O time uruguaio não demonstrava nenhuma qualidade ofensiva e, assim como no primeiro jogo, não conseguia assustar o peixe. A equipe brasileira, por sua vez, controlava muito bem o jogo, tinha a maior parte da posse de bola e encontrava até uma certa facilidade dentro do jogo. Assim, o Santos chegou ao segundo gol. E mais uma vez com toda a qualidade ofensiva que caracterizou toda esta equipe santista. Toque de bola rápido, categórico e envolvente. Elano encontrou Danilo livre pela direita e deu o passe. O lateral-volante cortou o adversário e tocou com categoria no canto direito, tirando do arqueiro Sosa, marcando o segundo gol do alvinegro.

Quando o jogo parecia completamente definido e controlado pelo peixe, o Peñarol resolveu aprontar. Pelo menos um pouco. Depois de cruzamento rasteiro da esquerda, Durval tentou cortar, mas a bola traiu o experiente zagueiro santista e balançou as redes do gleiro Rafael, fazendo os uruguaios diminuírem o marcador e alertando os santistas. Porém, o Peñarol parou por aí. Sem nenhuma força para atacar, os uruguaios não assustaram o peixe, que só esperou o final de jogo para comemorar o tricampeonato da Taça Libertadores da América.

Título indiscutível do Santos, que provou tanto dentro de toda a competição e principalmente nos dois jogos desta final que sua qualidadade, individual e coletiva fizeram uma grande direferença. E os responsáveis por esta conquista são muitos. Neymar se destacou na Libertadores, sendo o protagonista da equipe na maioria dos jogos, com sua habilidade e estrela em jogos decisivos. O goleiro Rafael, mesmo muito jovem, segurou bem as pontas debaixo das traves e foi decisivo. A zaga formada por Edu Dracena e Durval, e as alas com Danilo/Jonathan e Léo/Alex Sandro, principalmente depois da chegada de Muricy Ramalho na equipe, foi quase perfeita, sendo muito consistente. Arouca e Adriano foram verdadeiros cães de guarda na frente da linha de defesa. Arouca também se destacou pelas chegadas de trás, sendo um importantíssimo elemento-surpresa. E Adriano, antes desconhecido, fez partidas impecáveis e conquistou a torcida. Elano e Ganso foram os grandes maestros. O camisa 8 foi mais participativo, até por conta das lesões de Paulo Henrique, teve que assumir o lugar do camisa 10, e deu conta do recado. E Ganso, quando jogou, mostrou porque deve ser o 10 da nossa seleção na próxima Copa América. Muito bem neste segundo jogo da final.

Além dos atletas, devemos destacar também o grande trabalho feito por Muricy Ramalho. Ele chegou quando a equipe estava vivendo uma fase ruim dentro da competição. Depois de se classificar no sufoco dentro da fase de grupos, o Santos, com Muricy, mostrou ser outra equipe. Segundo o próprio treinador, o time estava "pilhado", esquecendo sua imensa qualidade técnica dentro de campo e caindo na provocação dos adversários. E, com ele no banco de reservas, o peixe mostrou outra postura. Se esqueceu das catimbas e se preocupou em simplismente jogar, coisa que se o alvinegro fizesse seria campeão. E deu no que deu. Pra fechar, a diretoria santista também merece aplausos. Desde o início do ano, mesmo com alguns erros de planejamento, segurou com unhas e dentes as principais estrelas da equipe, resistindo as propostas milionárias de gigantes europeus. Com isso, conseguiu montar um time muito forte, com um elenco muito qualificado em todos os setores, dando o equilíbrio desejado dentro de uma Libertadores. Vamos ver se essa postura continua, tanto para a disputa do Campeonato Brasileiro como já visando o Mundial de Clubes em dezembro, no Japão, para o grande duelo contra o Barcelona.

A coroação com o título da Taça Libertadores da América só vem mostrar toda a qualidade indiscutível do Santos, que soube ser uma equipe preparada para disputar uma final da maior competição das Américas. Não caindo na provocação uruguaia, o peixe jogou seu futebol, bonito, hábil e hágil, dominou amplamente a partida e levou o título, contra um adversário fraco tecnicamente. Então, resta ao torcedor santista comemorar. O torcedor que lotou o Pacaembu e, mesmo fora de sua casa habitual, fez uma grande festa e empurrou o alvinegro praiano para mais uma conquista. Santos, tricampeão da Libertadores, faz história novamente.

11 comentários:

  1. Bela reportagem Gabriel.
    Realmente o Santos provou sua qualidade, tem um grande time, e sem dúvida irá fazer frente com o Barcelona, apesar de ser muito difícil.

    Abraço

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    ABRAÇOS!

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  3. Pelo bem do futebol mundial, deu Santos! Além de ser importantíssimo para o futebol brasileiro, nos reserva um provável grande duelo para o fim do ano contra o Barça de Messi & cia.

    Saudações!!!

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  4. Xará, primeiramente parabéns pelo belíssimo post e parabéns ao Santos, não tinha como dar outro time, e agora as expectativas em cima da provável final entre Santos e Barca.

    Abraços

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  5. Muricy arrumo essa defesa e deu o titulo para o santos

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  7. O Santos mostrou garra e sabedoria.
    Soube se comportar em campo.
    Atacou na hora certa e se defendeu com uma bela defesa.

    O Peixe tem um excelente técnico, Muricy Ramalho. Muricy ainda vai mostrar a muito técnico por ai, como se ganha títulos importantes.

    Parabéns Santos!

    Geano Souza
    voceabolaeeu.blogspot.com

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  8. Gabriel, vim agradeçer a visita ao GOLAÇO, e também deixar meu coments sobre o título Praiano. Grande conquista, em que o Santos juntou 3 fatores para se dar bem: Sorte, Estrela e Competência. A sorte pelas saídas precoces de Cruzeiro, Estudiantes, Flu e Vélez. Estrela, porque tem no elenco 5 jogadores acima da média, e que entre aspas, levaram o time nas costas. E a Competência necessária para aproveitar tudo isso e vencer as dificuldades.

    Deixo aqui um convite para participar do bolão do meu blog, bolão do Br 2011.

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  9. Com certeza o futebol é o esporte que os brasileiros são mais apaixonados, a paixão vem do berço com o incentivo principalmente da parte do pai, que normalmente acaba influenciando o filho a torcer para o time do coração dele. Isso faz com que a criança cresça com a vontade de assistir cada jogo do seu então time do coração e torcer para que a rede do adversário balance várias vezes.

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  10. O futebol é um esporte fantástico nenhuma modalidade esportiva passa a mesma emoção para a sua torcida, não existe palavras para explicar a sensação que um torcedor sente ao ver um chute certeiro estufar as redes de proteção adversaria em uma final de campeonato.

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