Crise interna. Relação conturbada entre a torcida, diretoria
e jogadores. Uma fila muito incômoda. E algumas batidas na trave. Estes e
outros fatores negativos finalmente puderam ser de uma certa forma “exorcizados”
do vocabulário do palmeirense, depois da noite da última quarta-feira, quando o
clube segurou a pressão do Coritiba dentro do Couto Pereira, levou a Copa do
Brasil e encerrando uma série de fantasmas que já assombravam toda a torcida,
que já não via mais a hora de levantar uma taça importante novamente, e já
garantiu a tão cobiçada vaga a Taça Libertadores de 2013, a exemplo do rival
Corinthians.
E esta taça veio de uma forma toda especial. Há quatro anos
sem títulos, e a mais de dez sem uma conquista a nível nacional, o Palmeiras
faturou o bicampeonato da Copa do Brasil de maneira invicta, contando com uma
equipe sem um destaque ou uma estrela individual, que fez do seu grupo de
jogadores um time forte, aguerrido, fechado e campeão. Sob a batuta de Felipão
(especialista em competições de mata-mata), o alviverde não teve vergonha de
jogar feio por muitas vezes, foi muito eficiente e fez o torcedor soltar o
grito novamente, grito este que já incomodava e que estava entalado na garganta
por um bom tempo.
A trajetória do porco na Copa do Brasil foi com vitórias tranquilas
no começo, mas que foram “afunilando” com o decorrer da competição. Porém, como
já foi citado, a equipe soube jogar com o regulamento e com a pressão de uma
conquista, e assim chegou a seu objetivo. Felipão soube muito bem mesclar a
equipe com jogadores rodados e jovens atletas, que foram ganhando seu espaço e
alguns deles até virando herois da conquista.
A segunda partida da final, contra o Coritiba, mostrou muito
bem a “cara” desta equipe. Com uma defesa bastante sólida, difícil de ser
vazada, com um meio-de-campo que toca muito a bola e com um ataque rápido e
brigador ao mesmo tempo. A bola parada, grande arma da equipe, foi essencial
nesta conquista, e na final não foi diferente. Marcos Assunção encontrou
Betinho dentro de área, gol que empatou o jogo e garantiu a taça para o verdão.
Antes disto, o primeiro tempo foi como o torcedor palmeirense queria: sem
grandes sustos, com a equipe conseguindo controlar bem a pressão do Coritiba e
até criando boas chances de marcar. Na segunda etapa, o coxa ficou mais com a
bola, tentou pressionar, mas esbarrou na raça dos paulistas, que administraram
o marcador, encaminho o bicampeonato da Copa do Brasil.
Com o título, chegam também a confiança da torcida para com
a equipe e a diretoria, coisa que pode ser muito comemorada, até para o
desempenho da equipe no restante da temporada. De desacreditados e desconfiados,
os dirigentes alviverdes agora vivem um momento muito positivo, onde podem trabalhar
com mais tranquilidade para melhorar ainda mais a equipe. O trabalho do técnico
Felipão também merece destaque. “Copeiro”, o treinador gaúcho formou uma base
que apostou na raça e na eficiência para chegar aonde chegou. E, é claro,
méritos para todos os jogadores que ajudaram de alguma forma para esta
conquista. Sem craques, mas com entrosamento, raça e simplicidade, o time
conquistou e trouxe a torcida para seu lado, deixando a equipe ainda mais
forte.
Título que foi e que ainda é muito festejado, e merece ser
mesmo. A conquista da Copa do Brasil pode representar um novo ciclo para mais
um gigante do futebol brasileiro. Temos como exemplo o Vasco, que no ano
passado faturou este título (em moldes parecidos, depois de um longo período de
jejum, e pra cima do mesmo Coritiba) e, depois dele, retomou seu rumo de
vitórias e de brigar por campeonatos importantes. O Palmeiras pode usar isso
como um “guia”, para quem sabe seguir os mesmos passos dos cariocas, ressurgir
e dar a volta por cima nos fantasmas, problemas e aflições que atingiam os
arredores do Palestra Itália. Parabéns, nação alviverde, e que novos tempos de
conquistas venham num futuro bem próximo.
Muito bom .. Palmeiras conseguiu novamente um grande titulo .. no meu blog tambem tem sobre o titulo alviverde http://debatebolafc.blogspot.com.br/
ResponderExcluirO Palmeiras mereceu o título e é a cara do Felipão a forma conquistada. Muito bom o texto.
ResponderExcluirO Palmeiras conseguiu o título invicto com Felipão depois do técnico ficar 10 anos de jejum sem título o Palmeiras tem que começar a pensar na libertadores do ano que vem.
ResponderExcluirhttp://classico1908.blogspot.com.br/
Pra mim o Coxa perdeu por bobeira esse título, teve chances claras de gol em Barueri e não aproveitou. Mas isso não tira os méritos do Palmeiras. Parabéns verdão. Abraços!
ResponderExcluirhttp://blogdopablosantos.blogspot.com.br/
O futebol é um esporte fantástico nenhuma modalidade esportiva passa a mesma emoção para a sua torcida, não existe palavras para explicar a sensação que um torcedor sente ao ver um chute certeiro estufar a rede adversaria em uma final de campeonato.
ResponderExcluirCom certeza o futebol é o esporte que os brasileiros são mais apaixonados, a paixão vem do berço com o incentivo principalmente da parte do pai, que normalmente acaba influenciando o filho a torcer para o time do coração dele. Isso faz com que a criança cresça com a vontade de assistir cada jogo do seu então time do coração e torcer para que a rede do adversário balance várias vezes.
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