O fato já era mais do que esperado e previsto. A festa já estava preparada. Quase todos já davam como certo. Mas a confirmação oficial só veio mesmo neste domingo. Toda a expectativa e o que já era aguardado foi oficializado nesta final de semana (contrariando este blogueiro que vos fala, que acreditava que a definição só viria mesmo no próximo final de semana). O Fluminense bateu o Palmeiras num jogo emocionante e muito dramático e conquistou mais uma vez o título mais importante do futebol nacional. Tetracampeonato brasileiro do tricolor, que já entre no hall dos maiores campeões da história e que fatura uma taça mais do que merecida.
Toda esta conquista possui vários capítulos e personagens. A começar pelos bastidores. A diretoria do Flu pode ser considerada uma responsável fundamental para esta lida e vitoriosa caminhada da equipe rumo ao quarto título brasileiro. A vinda do diretor de futebol Rodrigo Caetano no início do ano foi um fator que acabou sendo muito importante na questão interna do clube, aproximando o quanto mais possível a cúpula tricolor com os jogadores e comissão técnica. O grande conhecimento, experiência e competência do dirigente (que já havia feito grandes trabalhos no Grêmio e no Vasco) contribuiu muito para a vinda de jogadores que acabaram por completar o time tricolor, formando um elenco muito qualificado e forte, pronto para disputar e faturar mais um Brasileirão.
Da diretoria fora de campo passamos para a comissão técnica já dentro dele. Desacreditado pela torcida e por parte da imprensa desde o início do campeonato, Abel Braga soube montar uma espinha-dorsal na equipe, aproveitando da melhor maneira possível toda a qualidade e diversidade do elenco tricolor, que possuía boas peças em todos os setores do gramado. Com uma característica bem definida, jogando com uma formação ofensiva, mas adotando a cautela como prioridade, Abelão se preocupou primeiramente em arrumar sua defesa, para depois pensar em atacar. E a estratégia acabou dando muito certo. Em vários jogos, pode-se notar toda uma frieza e eficiência de uma equipe que decidiu jogos importante no detalhe, sem dar show, mas sendo muito objetivo. E este pode ser o principal adjetivo para se caracterizar o Fluminense de 2012.
Não poderíamos deixar de citar obviamente os jogadores que conduziram a equipe rumo ao quarto título nacional de sua história. E os destaques começam dento do gol. Diego Cavalieri se mostrou simplesmente um monstro debaixo as balizas, operando milagres a cada partida e passando muita segurança para a sua defesa. Passando pela zaga, Gum mais uma vez usou de todo seu estilo guerreiro para garantir sua vaga na equipe titular e acabar como um dos herois. Jean, no meio-de-campo, se firmou mostrando muita tranquilidade e bom futebol. Thiago Neves e Deco (este segundo mesmo jogando pouco) foram os maestros das jogadas agudas do time dentro de campo, servindo muito bem Wellington Nem (que se firmou de vez nesta temporada, com muita velocidade e sendo decisivo) e Fred, o artilheiro e grande candidato a craque do campeonato. O camisa 9 pode ser considerado o protagonista principal deste título do Flu, pelos muitos gols e momentos decisivos nas vitórias mais importantes do time nesta caminhada. Não só estes, mas todos os jogadores que fizeram parte desta grande equipe, acabaram formando um elenco muito forte (um dos melhores do país) e conduzindo o tricolor carioca para o tetracampeonato brasileiro.
Agora, com a taça confirmada, a festa deve ser grande, e mais do que merecida. Sendo campeão com três rodadas de antecedência, com o melhor aproveitamento, melhor defesa e ataque e maior número de vitórias dentre os demais times, o Fluminense merece todos os elogios possíveis para esta grande conquista, que merece ser muito celebrada. Mais uma vez o Brasil se pinta de verde, branco e grená, as cores do tricolor, "tantas vezes campão". É hora de comemorar. Parabéns, Fluminense Football Club, merecidamente campeão brasileiro de 2012.