quinta-feira, 8 de março de 2012

Os donos da bola na atualidade


A quarta-feira do dia 07 de março de 2012 sem dúvida foi especial para todos que apreciam aquele esporte tão popular mundialmente, com 22 jogadores em campo correndo atrás de uma bola durante 90 minutos. Isto porque tivemos o grande destaque de dois jogadores que representam atualmente o que é jogar futebol.

Meio de semana com rodada de Liga dos Campeões da Europa e Taça Libertadores da América sempre é promessa de grandes jogos e atletas se destacando com ótimas atuações e muitos gols. E as rodadas ficam mais especiais ainda quando temos em campo jogadores com o estigma de craque e que podem decidir partidas sozinhos, com lances mágicos que entram para a história. Lionel Messi e Neymar se enquadram nestas características, e provaram ontem que são realmente os donos da bola no futebol atualmente.

Vamos começar falando do melhor jogador do mundo. Duelo de volta pelas oitavas-de-final da Liga dos Campeões. Em campo, Barcelona x Bayer Leverkusen, no Camp Nou. O duelo de ida já havia permitido que o time da casa abrisse uma boa vantagem. Porém, nem o time catalão e muito menos Messi se importaram com isso, e apresentaram mais uma vez seus arsenais e repertórios com extrema categoria, qualidade, habilidade e genialidade. O argentino surgia de todos os lados do campo, com a bola dominada sempre muito próxima não só do seu pé bom, o esquerdo, mas também do "pé ruim", que, quando se fala de um craque, não existe. Tanto é que ele marcou também com o pé direito. Ao todo, foram cinco gols na goleada por 7 a 1 do Barça, que garantiu a equipe nas quartas-de-final da competição.


Pelos lindos gols, um mais bonito que o outro, com direito a cavadinhas, chutaços e dribles, Messi consegue unir a velocidade de um ponta com a frieza de um camisa 9 para empurrar a bola para as redes com a maior categoria e maestria possíveis. Com uma média impressionante de gols, principalmente nesta temporada (já são 48 em 42 jogos, além de 21 assistências), "La Pulga" está muito próximo de se tornar o maior artilheiro do Barcelona de todos os tempos. Com certeza ele já faz parte do grupo de melhores jogadores de todos os tempos, não só pelos gols, mas também por toda a categoria e genialidade de seu futebol, que consegue aliar categoria com objetividade. E olha que ele só está com 24 anos, tem muito chão pela frente. É impressionante e quase surreal o futebol apresentado por Messi, e todos nós somos grandes privilegiados em ver seu futebol dentro de campo.

E, para quem já tinha se encantado com Lionel Messi, ainda veria mais um show particular no mesmo dia, só que em outro continente e em outra competição de clubes importantíssima, com outra jóia em campo. Este mais precoce, mais jovem, com menos experiência, mas com a mesma categoria de craque. Este não argentino, mas sim brasileiro, para a nossa felicidade. Neymar já havia provado na temporada passada o quanto pode desfilar seu bom futebol nos gramados. E, logo no comecinho da temporada 2012, ele já está voando. No Campeonato Paulista ele já estava provando toda sua qualidade. Porém, no jogo de ontem, contra o Internacional, pelo segundo jogo do Santos na Taça Libertadores, ele resolveu realmente mostrar porque é a maior esperança da nossa seleção para a Copa do Mundo de 2014.

Ele marcou os três gols da vitória santista por 3 a 1 na Vila Belmiro, com destaque para os dois últimos gols. Em duas arrancadas geniais, Neymar arrancou aplausos de todos, inclusive dos colorados, que reconheceram toda sua qualidade técnica. E, já que falamos de Messi, o craque brasileiro não queria ficar para trás e anotou dois gols com a marca do argentino: velocidade e bola dominada muito próxima do pé, parando só no fundo das redes, para espanto do Brasil e de todo o mundo. Aliás, mais uma vez espanto, ou até nem mais isso, pois as "peripécias" de Neymar dentro de campo só ficam mais frequentes a cada atuação da nossa jóia rara.


Podemos considerar tanto Messi como Neymar como os principais gênios da bola na atualidade, pelo expressivo número de gols que marcam e por toda a qualidade que apresentam dentro de campo. Ambos apresentam características diferentes. Messi é mais experiente, tem mais poder de decisão, velocidade e objetividade. Neymar tem o estilo mais driblador, moleque, sem deixar de ser protagonista. Porém, mesmo com as diferenças, ambos representam um fator muito importante no futebol mundial: a volta de magia e da alegria de se ver e jogar bola, de reverenciar dois craques atuando pelos seus clubes, e que são as grandes esperanças das suas seleções daqui pra frente. Podemos comemorar também que eles ainda são muito jovens, tem muito caminho para percorrerem ainda, e prometem dar muitas alegrias e surpreender ainda mais os torcedores e apreciadores do futebol bem jogado.

Lembramos aqui que não estamos comparando ambos: Messi já foi o melhor jogador do mundo três vezes,  joga na Europa, disputou Copas do Mundo e atua em um clube de ponta internacionalmente falando. Neymar surgiu a pouco tempo, ainda é precoce, e, apesar de já ter se tornado uma realidade no futebol mundial, ainda necessita de quesitos para chegar onde o argentino está hoje. Mesmo assim, podemos afirmar que dá muito gosto de ver ambos atuando e jogando por diversos campos no mundo, e dizer que são sul-americanos, de países rivais, como são Argentina e Brasil. Alguns até diriam que a nostalgia do futebol antigo teve volta nem que fosse por pouco tempo, com as atuações de Messi e Neymar neste início de ano. E, convenhamos, se voltou ou não, fato é que é muito bom vermos hoje dois craques atuando desta maneira. E o futuro nos reserva muito mais.

quarta-feira, 7 de março de 2012

Vitória, dúvidas e alertas na Colina


Na noite desta terça-feira o Vasco entrou em campo para seu segundo compromisso dentro da Taça Libertadores da América. Jogando mais uma vez em São Januário, diante da torcida, o time entrou em campo com a missão de vencer a qualquer custo, para continuar vivo na briga por uma das vagas na segunda fase da competição continental, já que havia perdido o jogo de estreia, também dentro de casa, diante do Nacional-URU. E, pressionado pelo resultado da primeira partida, o cruzmaltino se lançou no ataque, tomou sustos, e, no sufoco, venceu o Alianza Lima-PER por 3 a 2 e obteve o primeiro triunfo na Libertadores.

Apesar do resultado positivo, o panorama e a impressão que ficaram dentro e fora de campo não foram das melhores para os cariocas. Nervoso em campo, cometendo erros primários na defesa e no ataque e sofrendo sustos desnecessários, o Vasco conseguiu complicar uma partida que até então parecia bastante descomplicada, teoricamente contra o pior time do Grupo 5. Não só teoricamente, pois o Alianza se mostrou um time bastante limitado e sem muita qualidade, com sérios problemas extra-campo. Assim, o alerta foi aceso na Colina, mesmo com a vitória, que foi de extrema importância para o time dentro da chave.


Desde o começo de partida o time da casa se impôs e dominou todas as ações de ataque e posse de bola. Cristovão Borges mais uma vez optou por entrar em campo com uma formação mais cautelosa, com dois volantes marcadores e dois meias de criação. Diferentemente do jogo de estreia, Juninho Pernambucano e Felipe não atuaram juntos. O reizinho começou entre os titulares, enquanto o camisa 6 ficou como opção no banco. E era o próprio Juninho quem comandava as ações ofensivas vascaínas, auxiliado pela velocidade de William Bárbio e de Fágner pelo lado direito, abastecendo Alecsandro na frente. O time peruano estava totalmente acuado e não conseguia sair jogando. Porém, que marcou primeiro foram os visitantes. Depois de um chutão da defesa, o zagueiro Rodolfo tentou cortar e errou, permitindo que Charquero abrisse o marcador em São Januário. Mas a alegria peruana durou pouco. Pouco depois, Diego Souza puxou contra-ataque e serviu Bárbio, que, da direita, cruzou para a área e Ramos empurrou contra o patrimônio, empatando a partida. Empolgado com o gol, o Vasco aumentou ainda mais seu poder de ataque, até chegou a virada com Alecsandro, mas o gol foi corretamente anulado.

Para a segunda etapa, Cristovão alterou o time, colocando Douglas e Felipe nas vagas de Rodolfo e Eduardo Costa. Com o camisa 6 em campo, a organização vascaína ficou muito maior no campo ofensivo, tirando um pouco daquela bagunça e do nervosismo do primeiro tempo. As jogadas com William Bárbio eram constantes pela direita, servidas por Felipe e Juninho. E foi dali que saiu a penalidade para os vascaínos, que culminou na expulsão de Carmona. Na cobrança, porém, Alecsandro escorregou e mandou no travessão. Com um jogador a mais, o time intensificou suas investidas em busca da virada, acertou o travessão mais uma vez, em cobrança de falta de Juninho, e chegou ao segundo com um "iluminado". Depois de escanteio, Dedé antecipou a zaga e botou a bola nas redes, mais uma vez mostrando que tem muito faro de gol em horas decisivas. Continuando totalmente preso na defesa, o Alianza parecia presa fácil para uma goleada vascaína. O panorama se seguia mesmo para isso. Porém, nenhum vascaíno contava com uma noite tão infeliz de seu camisa 9. Em mais um pênalti, desta vez em Fágner, Alecsandro foi se redimir e deu ainda mais motivos para a apreensão cruzmaltina. Desta vez, o goleiro agarrou sua cobrança. E o nervosismo continuava.


A entrada de Felipe no setor de meio-de-campo aumentou consideravelmente a criatividade da meia-cancha cruzmaltina, assim como as oportunidades de gol, que eram criadas uma atrás da outra, porém não concretizadas em gol. Felipe, Juninho e Bárbio tentaram, Alecsandro marcou, mais uma vez impedido. E, em mais uma cobrança de escanteio, Nílton foi derrubado na área. Terceira penalidade para o Vasco na partida. Desta vez, Juninho Pernambucano assumiu a responsabilidade e fez o 3 a 1, tranquilizando os vascaínos. Porém, quem pensou que a partida já estivesse decidida se enganou. No final, Ibañez tratou de aumentar ainda mais o drama e diminuiu o marcador. O sufoco não se confirmou, o Vasco tocou a bola e esperou o apito final, para garantir os suados três primeiros pontos na Taça Libertadores 2012.

O jogo de ontem valeu bastante pela primeira vitória da equipe na competição continental, que deixam vivas as chances de classificação. O triunfo era obrigação do cruzmaltino e este foi comemorado, devida a sua importância. Porém, muitos pontos negativos podem ser destacados. O nervosismo dos atletas dentro de campo, cometendo graves falhas pra quem está disputando uma Libertadores. A falta de calma em alguns períodos do jogo, fazendo a partida teoricamente menos complicada desta primeira fase virar um sufoco total, sendo que daqui pra frente a equipe terá desafios bem mais difíceis. Com apenas mais um jogo dentro de casa, o Vasco terá que somar pontos fora de São Januário se quiser ficar com uma das vagas para a próxima fase. Além disso, o time perdeu a chance de fazer um bom saldo de gols contra uma equipe fraca, pois criou muitas oportunidades, mas desperdiçou absurdamente. Isso pode fazer muita falta lá na frente. 


Sendo assim, o alerta está dado na Colina. Parece que, depois da derrota para o Fluminense na final da Taça Guanabara, o time está com uma postura diferente, tanto dentro como fora de campo. A equipe que estava voando no começo de temporada agora preocupa os torcedores pelo futuro nas competições. Mesmo assim, nada de desespero, pelo contrário. Agora é hora de trabalhar para corrigir os erros e tentar voltar a uma boa forma de jogo. Os vários desfalques também prejudicam a composição da equipe.

Uma dúvida que assola os vascaínos e mais ainda o técnico Cristovão permanece dentro de campo: será de Juninho Pernambucano e Felipe podem jogar juntos? Pelo jogo de ontem, se viu que é possível se alterar a equipe taticamente para ter mais qualidade no meio-de-campo e consequentemente no ataque. Felipe entrou na segunda etapa e melhorou consideravelmente a atuação vascaína em campo, dando seus já tradicionais toques refinados na bola. Ao término de partida, ele acabou dando declarações mostrando sua insatisfação com a reserva, comentários que podem promover mudanças na equipe para as próximas partidas ou até mesmo gerar algum clima de desconforto entre o atleta e o treinador. Apesar do panorama desfavorável, o Vasco tem estrutura, competência, camisa e qualidade de jogadores, comissão técnica e diretoria para apagar de vez estes alertas e dúvidas, e assim tocar o barco em frente para o restante da temporada.

segunda-feira, 5 de março de 2012

O fim de semana dos Estaduais

Neste final de semana tivemos a realização de mais uma rodada dos Campeonatos Estaduais por todo o país. Tanto no Norte como no Sul, a bola rolou. Assim, destacaremos neste post as principais partidas dos estaduais por São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.


Começaremos falando do Paulistão, que teve a realização da 12ª rodada. O líder Corinthians buscava a manutenção da liderança no clássico contra o Santos. Mas, jogando na Vila Belmiro, o timão acabou derrotado por 1 a 0, com gol de Ibson. Mesmo com o jogo no meio de semana pela Libertadores, o peixe atuou com força máxima e, com a vitória, chegou a segunda colocação na classificação. O Corinthians, que jogou com um time misto, mesmo com o revés, mantém a primeira colocação. Agora, ambas as equipes concentram todas as atenções para a segunda rodada da Libertadores. O peixe, aliás, roubou a vice-liderança do Palmeiras, que apenas ficou no empate com o São Caetano, no Pacaembu. Depois de perder chances, o verdão não conseguiu desencantar e ficou na igualdade. Quem venceu e garantiu sua manutenção entre os quatro primeiros colocados na competição foi o São Paulo, que sofreu, mas bateu o XV de Piracicaba no finalzinho de jogo, com gol de Cícero. O tricolor agora se concentra para a estreia na Copa do Brasil, na próxima quarta-feira, contra o Independente-PA.


Pelas bandas do Rio de Janeiro, a segunda rodada da Taça Rio teve os quatro grandes saindo vencedores de seus jogos. No sábado, com o time reserva, o Vasco bateu com tranquilidade o Olaria por 2 a 0 e obteve sua primeira vitória, depois do tropeço na estreia. Apesar da vitória, a lesão do equatoriano Tenório foi bastante lamentada. A previsão é que ele fique longe dos gramados por volta de seis meses. O cruzmaltino tem pela frente agora um duelo decisivo pela Libertadores, na terça-feira. O Fluminense, campeão da Taça Guanabara, também venceu. O Nova Iguaçu foi a vítima, e o tricolor somou seus primeiros três pontos na tabela. Já no domingo, o Botafogo teve trabalho, mas venceu o Volta Redonda por 3 a 1 e lidera o Grupo A, com seis pontos. Herrera marcou duas vezes e garantiu o trinfo do time da estrela solitária. Pra fechar, o Flamengo, jogando mal e com Ronaldinho mais uma vez sendo inoperante, teve que suar bastante para vencer o Duque de Caxias por 2 a 1, com gols de Vágner Love e do próprio Gaúcho. No meio da semana, o Fla tem importante jogo contra o Emelec, pela Libertadores, assim com o rival Flu, que encara o Boca Juniors.


Pelo Gauchão, a dupla Gre-Nal teve resultados apertados, mas venceu pelo menos placar. O colorado, dentro de casa, venceu o Ypiranga por 2 a 1 com gols de Oscar e Leandro Damião e estreou com o pé direito na Taça Farroupilha, o segundo turno da competição. Já o tricolor, atuando fora de seus domínios, bateu o Cerâmica e também começou vencendo. Agora, o Inter foca no jogo da próxima quarta-feira, pela Libertadores, no duelo brasileiro contra o Santos, enquanto o Grêmio fará sua estreia na Copa do Brasil, diante do River Plate-SE. Em Minas Gerais, a dupla de rivais também saiu vencedora no final de semana. O Cruzeiro venceu bem o América-TO por 2 a 0 e permanece na caça ao líder Atlético, que bateu de virada o América-MG por 2 a 1 e continua com 100% de aproveitamento na competição. Enquanto o galo tem a semana de descanso, a raposa joga na próxima quarta pela Copa do Brasil, onde encara o Rio Branco-AC.


Pra finalizar o giro do final de semana pelos Estaduais pelo Brasil, destacamos o Campeonato Catarinense, que teve a realização da 2ª rodada do returno, que, até o presente momento, se encontra com três equipes na liderança, apenas separadas pelo saldo de gols. No sábado, o campeão do turno Figueirense venceu mais uma e segue bastante embalado. A vítima da vez foi o Atlético-IB: 3 a 1. Já no domingo, o Joinville passou por cima do Marcílio Dias, aplicando um sonoro 5 a 0 na Arena, resultado que acabou deixando o time na primeira colocação. Quem também tem seis pontos a exemplo de Jec e Figueira é o Metropolitano, que venceu o Camboriú por 2 a 0 e segue muito bem cotado. No Heriberto Hulse, o Avaí conseguiu se recuperar batendo o Criciúma pelo placar mínimo e persegue os três líderes. E a surpresa da rodada ficou por conta do empate entre Chapecoense e Brusque, na Arena Condá. O 2 a 2 permanece com o jejum de vitórias do time do oeste, e dá um ânimo para os brusquenses continuarem na luta contra o descenso.