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sábado, 30 de junho de 2012

Timão com cara de campeão e a batalha final da Euro 2012


Saudações, amigos, leitores e visitante do Futebol Na Veia. Nesta semana que já está acabando tivemos, como sempre, grandes destaques dentro dos campos de futebol pelo mundo. Porém, dois fatos em especial se destacaram e merecem uma avaliação mais aprofundada do blog, referente a duas competições que chegam a seu término com muita empolgação, emoção e que é claro vão dar a faixa de campeão e a taça para uma equipe e uma seleção.

Alguns já devem ter percebido do que estamos falando. Libertadores e Eurocopa chegam a suas fases finais, demonstrando que suas finalíssimas vão proporcionar muita coisa para os torcedores, comentaristas e apreciadores do futebol. E, na primeira competição que iremos destacar, uma equipe brasileira está com uma cara bastante vitoriosa, podendo coroar uma campanha que entrará para a história.


Vamos começar falando da final da Taça Libertadores da América. A primeira partida da decisão aconteceu na última quarta-feira. O Boca Juniors recebeu o Corinthians no caldeirão de "La Bombonera". Com o apoio de quase 50 mil torcedores, o time argentino criou todo um clima de uma verdadeira batalha. Buscando o sexto título da competição continental, eles vinham embalados, mas tinham pela frente um time que também não estava para brincadeira. O Corinthians, mesmo disputando sua primeira final de Libertadores, vinham muito focado, concentrado e com um grupo de jogadores muito experientes e entrosados, para fazer história. A bola rolou e o primeiro tempo foi caracterizado por um jogo disputado, truncado no meio-de-campo no início, mas que foi se soltando ao desenrolar do jogo, que acabou ficando aberto, onde ambas as equipes chegavam com perigo quando atacavam.

O Boca mostrou ser um time também entrosado, que valoriza muito a posse de bola e que toca muito ela, até encontrar o melhor espaço para a finalização. Comandados pelo camisa 10 Riquelme, que dava seus toques na bola com tremenda categoria, o time não chegou a assustar o gol de Cássio, mas acabou sendo mais efetivo no campo ofensivo. Já o timão vinha com sua proposta de denfender, mas também de sair muito rápido para os contra-ataques, usando suas armas já conhecidas: Emerson pelo lado esquerdo e Paulinho aparecendo de trás, no meio, como elemento-surpresa.


Já a segunda etapa teve uma cara bem diferente. Desde os primeiros minutos, o time da casa se impôs e assumiu quase que completamente o controle da partida, ficando com a bola quase todo o tempo. Assim como no tempo inicial, eles trocavam passes, invertiam jogadas e faziam tabelas e triangulações, afim de achar a melhor oportunidade para abrir o marcador. Porém, a exemplo do primeiro tempo, as chances de gol foram raras, e, apesar do domínio, a equipe argentina esbarrou no forte esquema defensivo e nos zagueiros do timão, que, diferentemente da primeira etapa, não consegui sair para a partida e acabou sufocada. Assim, acabou sofrendo o gol, numa cobrança de escanteio, onde Chicão ainda evitou o gol no primeiro lance (colocando a mão na bola), mas não pode fazer nada quando Roncaglia empurrou para as redes.

Mas, quando tudo parecia perdido para o alvinegro, a estrela do técnico Tite e principalmente de um menino até então desconhecido até o último domingo brilhou intensamente. Romarinho, que havia marcado os dois gols da equipe na vitória contra o Palmeiras pelo Campeonato Brasileiro, marcou o gol de empate da equipe, na sua primeira bola na partida, "calando a boca" dos argentino presentes na Bombonera e deixando o Corinthians muito próximo do seu primeiro título da Libertadores, levando uma ótima vantagem para o jogo da volta.


Depois da primeira partida, alguns pontos positivos e negativos devem ser levado em consideração, para que o timão possa conseguir a taça. Apesar do empate e do bom resultado obtido, algumas fraquezas foram vistas. A começar pelo desempenho da equipe na segunda etapa, quando foi acuada por quase todo o tempo, não conseguindo nem ficar com a bola em seu domínio e sair para os contra-golpes. A atuação foi bastante fraca e preocupou os jogadores e o técnico Tite, ficando como alerta para a grande decisão da próxima quarta-feira. Outro fator foi a saída de Jorge Henrique por lesão, dando a oportunidade para Liédson. A mudança nitidamente causou um efeito negativo na equipe, que ficou mais lenta no campo ofensivo e perdeu poder de marcação pelo lado direito. Estes são fatores que devem melhorar para que a equipe não seja surpreendida.

Porém, os pontos positivos da equipe também são muito louváveis, e que fizeram chegar ao empate. A estrutura de marcação deve ser destacada. Não só neste jogo, mas em toda as partidas da competição, a defesa foi o ponto forte do time, com destaque para os zagueiros e volantes. E não só isso. A equipe toda tem uma estrutura de marcação muito eficiente, que começa dos atacantes e chega até os homens de trás. O ponto forte desta equipe corintiana é o conjunto, que se ajuda por completo para fazer a equipe chegar aos objetivos traçados. Sendo assim, com todos estes atributos, o Corinthians, depois do jogo de ida, se mostra com uma cara, muito nítida aliás, de um time verdadeiramente campeão, que está reunindo todos os quesitos para fazer história neste ano de 2012. E, na próxima quarta-feira, os fiéis torcedores do timão irão fazer uma grande festa no Pacaembu, esperando que a equipe corresponda, como está correspondendo, para dar o primeiro título da Liberadores para o clube. Apesar da ter pela frente um adversário duríssimo, que se mostrou muito determinado, com jogadores de qualidade e que joga com a tradição do seu lado, o time brasileiro tem todos os quesitos para ficar com o título.


Pra finalizar este post especial, vamos destacar a Eurocopa, que também já tem sua final definida e que conhecerá seu campeão neste domingo. Espanha e Itália farão a decisão que pode dar um bicampeonato inédito para os espanhóis e um título até então inesperado pra os italianos, depois de uma crise interna bastante grave no futebol do país. As duas seleções passaram a final depois de duelo duros. A Espanha precisou dos pênaltis para bater Portugal e carimbar seu passaporte. Depois de uma partida bastante abaixo do esperado no tempo normal e na prorrogação, a estrela do capitão Casillas brilhou nas penalidades. Já a Itália encarou a Alemanha sem ser favorita, e acabou surpreendendo muita gente (inclusive este blogueiro que escreve). Com uma atuação muito convincente e eficiente, os italianos contaram com uma atuação de gala de seu principal e mais polêmico jogador: Balotelli marcou os dois gols da vitória e, juntamente com Pirlo, foi o destaque da classificação da azzurra, que mandou devolta para casa a favorita seleção alemã.


Agora, a Itália passa a por um maior respeito a seleção espanhola, passando de franca atiradora para grande candidata ao título europeu de seleções. Comandados pelo toques de categoria de Pirlo, pela rapidez de Cassano, pelo segurança da defesa comandada por Buffon e pela estrela de Balotelli, a esquadra chega com muita força. Já a Espanha tem a seu favor o fato de ser a atual campeão mundial e europeia, e de possuir seu jogo já conhecido, de muito toque de bola e envolvimento. Assim, a final desta domingo promete ser muito interessante e de encher os olhos dos apreciadores do bom futebol. Favorito? Nesta hora, não existe. Quando a bola rolar, dois gigantes do futebol mundial travaram uma batalha, a última desta Eurocopa 2012, para confirmar quem fica com a taça. Que vença o melhor.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Tolerância zero na Europa

Depois dos lamentáveis atos de vandalismo que rodaram o mundo, quando na última terça-feira, no jogo entre Itália x Sérvia, pelas Eliminatórias da Eurocopa de 2012, torcedores radicais sérvios armaram uma grande confusão na cidade de Gênova, cometendo atos de pura barbárie a selvageria, o presidente da Uefa Michel Platini se pronunciou e afirmou a posição da entidade sobre o caso.

Platini continua com o discurso de que a Uefa manterá uma política de tolerância zero quando se trata de violência nos estádios, mas espera ajuda também dos países mais afetados por tais fatos. Posição certíssima do ex-craque francês e de toda a Uefa. Um dos pontos fortes da entidade é a linha dura e a severidade com estes tipos de atos, que constantemente acabam manchando não só o futebol europeu, mas de todo o planeta. Uma investigação já foi aberta para apurar todos os culpados e as causas do incidente. Até agora, três torcedores sérvios envolvidos na confusão foram presos, inclusive o líder da torcida sérvia, que diz não ter nada contra os italianos, e sim contra seu país. Cometendo estes atos é claro que ele não mudará nada e não ajudará ninguém, muito pelo contrário.

Toda a confusão aconteceu na última terça-feira, quando Itália e Sérvia entraram em campo, na cidade italiana de Gênova, para mais um jogo do Grupo C das Eliminatórias da Eurocopa de 2012. Antes mesmo de o jogo começar, a confusão já acontecia, na parte das arquibancadas reservadas para a torcida da Sérvia. De lá, vinha um pouco de tudo: sinalizadores, fogos de artifício e bombas de fumaça, em direção da torcida italiana e ao próprio campo de espetáculo. Depois de 37 minutos, o árbitro finalmente decidiu começar a partida, mas a trégua durou pouco tempo, quando o jogo teve que ser novamente interrompido aos seis minutos da primeira etapa, quando um sinalizador foi atirado na direção do goleiro italiano e, consequentemente, não havendo mais nenhuma condição, a partida foi cancelada. Dos cerca de 1.600 torcedores sérvios presentes, aproximadamente 300 deles criaram a confusão que se alastrou.

Problemas políticos internos no país e dentro da própria seleção, e outras causas que ainda estão sendo averiguadas. A Sérvia corre ainda o risco de ser suspensa de todo o resto das Eliminatórias, ficando assim de fora da próxima Eurocopa. Atos sem explicação, de puro vandalismo e descontrole, que envergonham todo o mundo. Cabe agora a Uefa tomar as medidas cabíveis para que estes episódios não voltem mais a acontecer, para que a paz nos estádios retorne. Competência a entidade já mostrou que tem, e os culpados estão sendo detectados. A tolerância acabou.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Começa a caminhada para a Euro 2012

Nesta sexta-feira tivemos o início das Eliminatórias para a Eurocopa 2012, que acontecerão na Polônia e na Ucrânia. As seleções europeias, divididas em grupos, buscam a classificação para a competição daqui a dois anos. As principais seleções entraram em campo, com vitórias e algumas zebras.

Vamos começar com a atual campeã europeia e mundial, a Espanha. A fúria continuou a ótima fase pós Copa do Mundo e goleou Liechtenstein por 4 a 0, com dois gols de Fernando Torres, um de Villa e outro de David Silva. O time entrou em campo praticamente com a mesma escalção que enfrentou a Holanda na final da Copa da África do Sul, e largou muito bem no Grupo I, buscando o bicampeonato da competição. Se por um lado os espanhois continuam ditando o ritmo como no Mundial, a França também continua, mas com as derrotas. Na abertura do Grupo D, os franceses, no Stade de France, perderam para a Bielorrúsia por 1 a 0. Quase que toda reformulada, os blues não conseguiram tirar a sina de derrotas da seleção e começaram as eliminatórias com o pé esquerdo.

Fora da última Eurocopa, a Inglaterra largou bem em busca da vaga. Com atuação de gala do atacante Defoe, autor de três gols, os ingleses golearam a fraca Bulgária por 4 a 0, pelo Grupo G. Adam Johnson também deixou sua marca, e Rooney, com duas assistências, busca voltar a mostrar seu bom futebol. Depois do vexame na Copa do Mundo, a Itália também voltou a entrar em campo, e venceu. Cassano garantiu a suada vitória por 2 a 1 sobre a Estônia, com um gol e uma assistência. Na volta de Pirlo a seleção, a Azzurra largou bem em busca da classificação para a competição europeia, no Grupo C.

Pelo Grupo H, sem Cristiano Ronaldo, Portugal não saiu do empate com o Chipre. Em um jogo movimentadíssimo, o placar acabou em 4 a 4, depois de os portuguses estarem vencendo até os 44 minutos do segundo tempo. A atual vice-campeão mundial Holanda, assim como Espanha e Inglaterra, também goleou. A laranja arrasou San Marino por 5 a 0, com destaque para o atacante Huntelaar, que marcou três gols. Van Nistelrooy, que retornou a seleção, também deixou sua marca, assim como Kuyt. Os holandeses lideram o Grupo E. Fechando os jogos dos grandes europeus, a Alemanha venceu pelo placar mínimo a Bélgica. Com a base do time da última Copa, o matador Klose garantiu a vitória para os germânicos no Grupo A. Confira todos os resultados da primeira rodada das Eliminatórias da Europa 2012:

GRUPO A
Cazaquistão 0 x 3 Turquia
Bélgica 0 x 1 Alemanha

GRUPO B
Armênia 0 x 1 irlanda
Andorra 0 x 2 Rússia
Eslováquia 1 x 0 Macedônia

GRUPO C
Ilhas Faroe 0 x 3 Sérvia
Estônia 1 x 2 Itália
Eslovênia 0 x 1 Irlanda do Norte

GRUPO D
Romênia 1 x 1 Albânia
Luxemburgo 0 x 3 Bósnia-Herzegovina
França 0 x 1 Belarus

GRUPO E
San Marino 0 x 5 Holanda
Suécia 2 x 0 Hungria
Moldova 2 x 0 Finlândia

GRUPO F
Letônia 0 x 3 Croácia
Grécia 1 x 1 Geórgia

GRUPO G
Montenegro 1 x 0 País de Gales
Inglaterra 4 x 0 Bulgária

GRUPO H
Islândia 1 x 2 Noruega
Portugal 4 x 4 Chipre

GRUPO I
Lituânia 0 x 0 Escócia
Liechtenstein 0 x 4 Espanha

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Itália dá vexame e é eliminada; Paraguai e Japão confirmam classificação

Nesta quinta-feira tivemos a definição de mais dois confrontos das oitavas-de-final. Definições dos grupos E e F. Pelo Grupo E, Itália e Eslováquia jogaram pela vaga, e ao mesmo tempo, Paraguai e Nova Zelândia. Os italianos, precisando vencer, acabaram tomando o gol dos eslovacos aos 25 minutos do primeiro tempo, com Vittek, aproveitando presente de De Rossi. A primeira etapa acabou com a Eslováquia e o Paraguai classificados. No segundo tempo, tivemos muita emoção no jogo entre as duas seleções europeias. Aos 28 minutos, novamente Vittek ampliou para a Eslováquia. Desesperados, os italianos diminuíram com Di Natale, aos 36. Mas Kopunek fez o terceiro dos eslovacos, e Quagliarella descontou aos 46 minutos. Fim de partida, Itália eliminada e Eslováquia classificada. No outro jogo, o Paraguai não forçou, ficou no empate sem gols contra a Nova Zelândia e garantiram o primeiro lugar do Grupo F. A Eslováquia mostrou um bom futebol, com jogadores de qualidade, toques bonitos e envolentes, desbancou os italianos e conseguiram a vaga, e podem ir além das oitavas. A Itália provou definitivamente que tem uma seleção envelhecida, fraca tecnicamente e com muitas dificuldades, no ataque, que custa para fazer gols, no meio, não tendo um criador nato de jogadas de ataque (Pirlo só jogou a segunda etapa deste jogo), e na defesa, antes o ponto forte dos italianos, agora fazendo erros infantis e tomando gols bobos. Os italianos não mereciam esse tremendo vexame. A atual campeã mundial despede-se da Copa do Mundo de forma mecancólica, não merecendo a classificação, mostrando um futebol decepcionante.

Pelo Grupo E, tivemos Holanda e Camarões, cumprindo tabela, apenas para a confirmação do primeiro lugar dos holandeses, e Japão e Dinamarca, batalhando pela vaga às oitavas-de-final. Precisando apenas do empate para se classificar, o Japão abriu o placar aos 17 minutos, com Honda, cobrando falta. Endo, aos 29, em nova cobrança de falta, ampliou para os asiáticos, que ficaram com a vaga nas mãos. Enquanto isso, a Holanda abria o placar aos 35 minutos, com gol de Van Persie. Na segunda etapa, Eto'o fez seu segundo gol no Mundial e empatou para Camarões, que já estavam eliminados, aos 18 minutos. No outro jogo, Tomasson diminui para a Dinamarca, aos 35, em rebote da cobrança de pênalti que ele próprio tinha batido. Huntelaar fez o gol da vitória dos holandeses sobre os africanos, aos 38 minutos, confirmando o primeiro lugar no grupo. E, aos 42, em linda jogada de Honda, Okazaki fechou a conta, garantindo a classificação japonesa a próxima fase. Com um futebol disciplinado, mostrando uma bela marcação e qualidade no ataque, o Japão surpreende e chega com moral ás oitavas-de-final. Já a Holanda, não sendo brilhante, mas eficiente, confirmou o favoritismo e, com a volta de Robben, só tem a melhorar daqui para frente.

Agora, teremos Holanda x Eslováquia e Japão x Paraguai nas oitavas. Duelos interessantes, com surpresas e, esperamos, com bom futebol, que a Copa do Mundo vem ganhando nos últimos jogos. Nesta sexta-feira têm Brasil em campo, contra Portugal, para garantir a primeira colocação e fugir dos cruzamentos complicados, e a definição de todos os jogos das oitavas-de-final do Mundial.

domingo, 20 de junho de 2010

Paraguai vence e se aproxima da vaga; Itália empata e se complica

Abrindo o décimo dia de Copa do Mundo, o Grupo F teve a sua segunda rodada. Paraguai e Eslováquia jogaram em Bloemfontein. O time sul-americano não tomou conhecimento dos europeus e durante todo o primeiro tempo dominou o jogo. Jogando com três atacantes, o Paraguai pressionou e criou várias boas chances de abrir o marcador, e não deixava a Eslováquia jogar. Aos 28 minutos, saiu o primeiro gol dos paraguaios, com Vera. Os eslovacos erravam muitos passes e finalizaram apenas uma vez no primeiro tempo. Na segunda etapa, os europeus voltaram mais ligados, conseguiram ter maior posse de bola e insistiam nas jogadas aéreas, mas a técnica não ajudava. O Paraguai, jogando nos contra-ataques, marcou o segundo aos 41 minutos, com Riveros. Com o resultado, os sul-americanos ficam com quatro pontos na tabela e ficam bem próximos da vaga, ficando na primeira colocação, e provavelmente evitando um confronto contra a Holanda nas oitavas-de-final. Já a Eslováquia fica numa situação bem difícil, precisando vencer a Itália na última rodada para seguir sonhando com a vaga.

Em Nelspruit, Itália e Nova Zelândia jogaram pela primeira vitória no Mundial. Para quem esperava um passeio italiano, viu a Nova Zelândia abrir o placar aos quatro minutos de jogo. Em cobança de falta, a bola passou por toda a zaga italiana, Cannavaro se atrapalhou e Smeltz aproveitou e fez 1 a 0. Depois do gol, os neozolandeses se fecharam no campo de defesa, com todos os jogadores atrás da linha do meio de campo, e seguraram a pressão italiana. Mas não por muito tempo. Com o domínio de posse de bola quase total dos italianos, aos 28 minutos, De Rossi foi puxado dentro da área. Pênalti que Iaquinta cobrou bem e empatou a partida. A postura da Nova Zelândia não mudou. A seleção permaneceu no campo de defesa, esperando a Itália, que mostrava deficiências na criação das jogadas e não levava muito perigo. Na segunda etapa, o técnico Marcello Lippi tentou mudar a cara italiana, colocando no jogo Camoranesi e Di Natale. A qualidade dos passes melhorou, a pressão continuou, mas faltava aquele último passe, um armador de verdade. Sem essa inteligência na meia-cancha, o jeito foi apelar para os chutes de fora da área, lances que levaram mais perigo ao gol da Nova Zelândia, que permanecia totalmente na defesa, também sem levar perigo nos contra-ataques. Desorganizada em campo, a Itália tentou mas não conseguiu a vitória. Com o empate, ambos os times vão com dois pontos para a última rodada, e as duas seleções ainda em chances de classificação. Os atuais campeões do mundo ainda não mostraram a que vieram nesta Copa do Mundo.

Daqui a pouco tem Brasil em campo contra a Costa do Marfim. Pra frente, Canarinho!

segunda-feira, 14 de junho de 2010

O quarto dia do Mundial

Quarto dia de Copa do Mundo. Nesta segunda-feira tivemos a abertura de mais dois grupos, D e E, e a estreia de mais dois gigantes candidatos ao título Mundial. O dia começou com a abertura do Grupo D, com Holanda e Dinamarca, no estádio Soccer City. Como costume, a laranja entrou em campo com três atacantes (Kuyt, Van Persie e Van der Vaart), e ainda com Sneijder jogando no ataque. Robben foi poupado pela lesão num amistoso antes da Copa. Se a Holanda veio super ofensiva, a Dinamarca optou por vir com apenas um atacante, Bendtner. Mesmo assim, não se retraiu na primeira etapa, também buscando o gol. Passada a ansiedade da estreia, os holandeses mostraram sua imensa qualidade de toque de bola, ficaram com a pelota a grande maioria do tempo, tocavam de pé em pé em busca de uma brecha na zaga adversária. Conseguiu criar três boas chances de gol, com Kuyt, Van Persie e Van der Vaart. Mesmo praticamente dominada, foi a Dinamarca que criou as principais oportunidades de gol no primeiro tempo, obrigando o goleiro Stekelenburg a trabalhar. A Holanda voltou a assustar no final da primeira etapa, novamente com Van Persie.

Não conseguindo furar o bloqueio dinamarquês, e sofrendo com os contra-ataques, a Holanda contou com a sorte para abrir o placar. Logo no primeiro minuto do segundo tempo, Van Persie cruzou para a área, Poulsen se atrapalhou, cabeceou para trás e acabou acertando o companheiro Agger. A bola bateu nas costas do zagueirão da Dinamarca e entrou mansamente no gol, ainda batendo na trave antes de tocar o fundo das redes. O gol abateu a zaga dinamarquesa, que errava e permitia as investidas holandesas, que atacavam e desperdiçavam chances de ampliar, quase sempre com Van Persie, que se mostrou o mais perigoso. O atacante do Arsenal até marcou o seu, mas acabou anulado. Van Bommel e Sneijder, com uma bola no travessão, continuavam tentando ampliar o marcador. Finalmente, aos 39 minutos, Kuyt fez o segundo gol holandês e fechou a conta, garantindo os primeiros pontos no Mundial. A Holanda precisou de um lance de sorte para deslanchar e mostar seu melhor futebol na partida. Daqui para frente, tem tudo para melhorar. Já a Dinamarca tem tudo para lutar pela segunda vaga no Grupo D.

No outro jogo do Grupo D, os considerados "azarões", Japão e Camarões mediram forças em Bloemfontein. A partida começou amarrada no meio-de-campo, com Camarões mais ofensiva, tentando atacar, e o Japão na retranca, afunilando o meio e parando bem as investidas sofridas. Os africanos chegava mais a área adversária, mas não conseguiam arrematar a gol. O jogo seguia equilibrado, sem chances de abertura do marcador, até que aos 37 minutos, Eyong bateu e Kawashima fez boa defesa para os japoneses. No minutos seguinte, Honda dominou dentro da área e tocou na saída do goleiro, abrindo o placar para o Japão. No início da segunda etapa, o principal jogador em campo, Eto'o finalmente apareceu. Fez ótima jogada, passou por três marcadores e rolou para trás, para seu companheiro arrematar por cima, desperdiçando boa chance. Camarões tinha maior posse de bola e chegava ao ataque, mas a defesa japonesa estava muito bem postada em campo e não sofreu sustos. Somente aos 40 minutos, a Jabulani quase enganou o goleiro Kawashima. Num chute com efeito de Mbia, a bola bateu no travessão, evitando o empate camaronês. Aproveitando as chances e segurando bem atrás, o Japão mostrou que pode brigar por uma das vagas as oitavas-de-final. Camarões, mesmo com a derrota, não está fora, mas a situação ficou bem mais difícil, pois agora vem pela frente Dinamarca e Holanda.

Mais tarde, foi a vez da atual campeã entrar em campo. Abrindo o Grupo E, Itália e Paraguai se enfrentaram na Cidade do Cabo. Diferente de sua característica, os italianos partiram para cima e tentaram mostar força no ataque na primeira etapa. Tendo a maior parte da bola no pé, os jogadores italianos tocavam a bola de um lado para o outro, mas não conseguiram furar o bloqueio paraguaio. Sem Pirlo, o principal armador do time, as coisas ficaram mais difíceis. O Paraguai conseguiu chegar ao ataque com perigo duas vezes, assim como a Azzurra, que tinha mais posse de bola, mas não se aproveitava disso, tentando chuveirinhos para a área. Mesmo apático, foi o Paraguai que abriu o placar. Aos 39 minutos, numa cobrança de falta, bola alçada na área e Alcaráz subiu mais que a até então perfeita zaga italiana para fazer o primeiro.

As coisas não iam bem para a Itália, que no intervalo perderam sua principal estrela, Buffon, com um problema no nervo ciático. Nervosa, nas oportunidades que tinha, desperdiçava. O Paraguai, mais tranquilo com o gol, tinha a posse de bola e não tinha pressa, e ainda assustava nos ataques. Mas, aos 17 minutos, os italianos deram a respostas. Após cobrança de escanteio, o goleiro Villar saiu atrapalhado do gol e deu a bola de presente para De Rossi, que escorou e empatou a partida. Os paraguaios então apelavam para os chutões, enquanto a Azzurra, com três atacantes, tomava conta do campo ofensivo, mas não criava. Apenas em um chute de Montolivo, que Villar espalmou. O empate acabou sendo justo pelo que as duas seleções apresentaram. Num jogo com poucas chances de gol, a Itália tentou fugir de sua característica e atacar, mas não teve muita qualidade. E o Paraguai optou por defender mais, e poderia ter saído com um resultado melhor, por ter um bom ataque. Um ponto para cada na conta do Grupo E.

Amanhã teremos mais três partidas, com de costume, com a complementação da primeira rodada do Grupo E e a abertura do Grupo F, com o Brasil em campo. Vamos torcer muito para a nossa seleção contra os misteriosos norte-coreanos. Ao som das vuvuzelas, vamos Brasil!

sábado, 30 de janeiro de 2010

Copa do Mundo 2010 - Itália

A segunda análise das principais seleções da Copa é da seleção italiana, atual campeã. O time ainda conta com mais da metade dos jogadores de 2006 no seu time-base, o que evidencia um elenco envelhecido. Sempre entra como favorita, claro. Mas os resultados nas últimas competições, como a Eurocopa, onde foi eliminada nas quartas-de-final, não dão muita confiança aos torcedores da Azurra.

A Itália pegou um grupo considerado o mais fácil dos grupos das seleções favoritas. Provavelmente não terá trabalho para passar por Paraguai, Nova Zelândia e Eslováquia. A seleção sul-americana é que deve dar mais trabalho aos italianos, mas com o acidente de Cabañas, a maior estrela da seleção, tira um pouco de força do Paraguai. Nova Zelândia só se classificou porque a Austrália está disputando agora as eliminatórias Asiáticas, e derrotou na repescagem o “fortíssimo” Bahrein. A Eslováquia pode brigar pela segunda vaga com o Paraguai. A Itália deve ter sossego na primeira fase.

O técnico da Azurra é o mesmo da Copa da Alemanha, que conquistou o tetracampeonato. Marcelo Lippi entrou no lugar de Roberto Donadoni depois da Eurocopa, e é a grande aposta e a esperança dos italianos que ele repita o sucesso de 2006, quando ninguém acreditava na Itália e, com uma zaga eficiente, conseguiu levar a seleção ao título. O mais engraçado é que, para a copa da África, a situação é a mesma. Na roda de apostas dos favoritos, encabeçam a lista Espanha e Brasil, depois Inglaterra, sendo que a Itália quase não é citada como uma das favoritas. Mas os italianos sabem crescer na adversidade, por isso não deve ser desprezada e esquecida. Vai que se repete o mesmo filme de 2006?

Ponto forte: A experiência. Da seleção que venceu o Mundial da Alemanha, Marcelo Lippi deve manter sete jogadores: Buffon, Zambrotta, Cannavaro, Gatusso, Pirlo, Camoranesi e Grosso, ou seja, quase todos do sistema defensivo. O grupo é unido e se conhece, e tem cabeça para encarar uma competição como a Copa do Mundo. Lippi consegue criar um clima de confiança entre os atletas. Os jogadores italianos crescem neste tipo de competição.

Ponto fraco: A renovação inacabada. A defesa e o meio-campo são compostos por praticamente os mesmos jogadores de 2006 (média de mais de 30 anos de idade). Cannavaro não vem jogando bem, mas continua. No ataque, o problema é alinhar a base da Copa da Alemanha e os novos talentos. A defesa é experiente e envelhecida; o ataque, jovem e inexperiente. Falta ainda um padrão.


O cara: Buffon: O goleiro da Juventus, considerado ainda por muitos o melhor goleiro do mundo, vai para sua segunda Copa seguida como titular. É de confiança de Lippi e tem o respeito de todo o grupo e da torcida italiana.





A supresa: Pazzini: É reserva de Gilardino. O centroavante da Sampdoria é matador nato. Tem tudo que um atacante tem que ter: é rápido, explosivo e forte na bola aérea. É uma ótima opção.





Escalação: Pirlo joga como armador, auxiliado por laterias que avançam e protegido por três volantes. Lippi tem diversas opções, principalmente do meio para frente. Pazzini e até a volta de Totti. O setor defensivo, como em 2006, continua sendo o trunfo da seleção italiana.


Funciona como um 4-3-1-2: Buffon, Zambrotta, Cannavaro, Chiellini e Grosso; De Rossi, Camoranesi e Marchisio; Pirlo; Gillardino e Iaquinta.
Técnico: Marcelo Lippi.

Uniformes: