segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Quatro vezes Fluminense, merecidamente


O fato já era mais do que esperado e previsto. A festa já estava preparada. Quase todos já davam como certo. Mas a confirmação oficial só veio mesmo neste domingo. Toda a expectativa e o que já era aguardado foi oficializado nesta final de semana (contrariando este blogueiro que vos fala, que acreditava que a definição só viria mesmo no próximo final de semana). O Fluminense bateu o Palmeiras num jogo emocionante e muito dramático e conquistou mais uma vez o título mais importante do futebol nacional. Tetracampeonato brasileiro do tricolor, que já entre no hall dos maiores campeões da história e que fatura uma taça mais do que merecida.

Toda esta conquista possui vários capítulos e personagens. A começar pelos bastidores. A diretoria do Flu pode ser considerada uma responsável fundamental para esta lida e vitoriosa caminhada da equipe rumo ao quarto título brasileiro. A vinda do diretor de futebol Rodrigo Caetano no início do ano foi um fator que acabou sendo muito importante na questão interna do clube, aproximando o quanto mais possível a cúpula tricolor com os jogadores e comissão técnica. O grande conhecimento, experiência e competência do dirigente (que já havia feito grandes trabalhos no Grêmio e no Vasco) contribuiu muito para a vinda de jogadores que acabaram por completar o time tricolor, formando um elenco muito qualificado e forte, pronto para disputar e faturar mais um Brasileirão.


Da diretoria fora de campo passamos para a comissão técnica já dentro dele. Desacreditado pela torcida e por parte da imprensa desde o início do campeonato, Abel Braga soube montar uma espinha-dorsal na equipe, aproveitando da melhor maneira possível toda a qualidade e diversidade do elenco tricolor, que possuía boas peças em todos os setores do gramado. Com uma característica bem definida, jogando com uma formação ofensiva, mas adotando a cautela como prioridade, Abelão se preocupou primeiramente em arrumar sua defesa, para depois pensar em atacar. E a estratégia acabou dando muito certo. Em vários jogos, pode-se notar toda uma frieza e eficiência de uma equipe que decidiu jogos importante no detalhe, sem dar show, mas sendo muito objetivo. E este pode ser o principal adjetivo para se caracterizar o Fluminense de 2012.

Não poderíamos deixar de citar obviamente os jogadores que conduziram a equipe rumo ao quarto título nacional de sua história. E os destaques começam dento do gol. Diego Cavalieri se mostrou simplesmente um monstro debaixo as balizas, operando milagres a cada partida e passando muita segurança para a sua defesa. Passando pela zaga, Gum mais uma vez usou de todo seu estilo guerreiro para garantir sua vaga na equipe titular e acabar como um dos herois. Jean, no meio-de-campo, se firmou mostrando muita tranquilidade e bom futebol. Thiago Neves e Deco (este segundo mesmo jogando pouco) foram os maestros das jogadas agudas do time dentro de campo, servindo muito bem Wellington Nem (que se firmou de vez nesta temporada, com muita velocidade e sendo decisivo) e Fred, o artilheiro e grande candidato a craque do campeonato. O camisa 9 pode ser considerado o protagonista principal deste título do Flu, pelos muitos gols e momentos decisivos nas vitórias mais importantes do time nesta caminhada. Não só estes, mas todos os jogadores que fizeram parte desta grande equipe, acabaram formando um elenco muito forte (um dos melhores do país) e conduzindo o tricolor carioca para o tetracampeonato brasileiro.


Agora, com a taça confirmada, a festa deve ser grande, e mais do que merecida. Sendo campeão com três rodadas de antecedência, com o melhor aproveitamento, melhor defesa e ataque e maior número de vitórias dentre os demais times, o Fluminense merece todos os elogios possíveis para esta grande conquista, que merece ser muito celebrada. Mais uma vez o Brasil se pinta de verde, branco e grená, as cores do tricolor, "tantas vezes campão". É hora de comemorar. Parabéns, Fluminense Football Club, merecidamente campeão brasileiro de 2012.

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Faltam quatro: Fim antes do fim?


O título deste post é bastante sugestivo. Depois de mais uma rodada do Campeonato Brasileiro, que foi disputada neste final de semana, as coisas já se encaminham bem claramente para este mesmo título: "Fim antes do fim?". É este paradigma que provavelmente teremos neste Brasileirão, com praticamente tudo definido antes do término oficial, ou seja, a 38ª e última rodada do campeonato.

E as partidas deste 34ª rodada se encaminharam justamente para este definição "precoce". Quem ainda está brigando por alguma coisa, seja na parte de cima ou na degola da tabela, tropeçou ou não conseguiu diminuir a distância e se aproximar de seus objetivos, deixando ainda mais os times na sua frente tranquilos e com seus rumos quase que confirmados.


Primeiramente, é muito notório este fato na briga pelo título, onde o Fluminense, mesmo não vencendo, conseguiu aumentar ainda mais sua vantagem e colocar quase as duas maõs na taça do Brasileirão. Jogando no Morumbi, o time arrancou um importante empate contra o São Paulo, e, com mais um tropeço do Atlético-MG, que desta vez foi derrotado pelo Coritiba fora de casa, abriu nove pontos na ponta, faltando apenas quatro partidas para o término da competição. Pelas últimas atuações, onde está mostrando uma "pinta" de campeão impressionante, e com a grande irregularidade do galo neste segundo turno, o tricolor já pode se considerar campeão brasileiro mais uma vez. A confirmação oficial pode vir na próxima rodada. Mas meu palpite é de que a decisão ocorra mesmo na 36ª ou no máximo na 37ª rodada. Na última e derradeira rodada é bem improvável.

As duas últimas vagas para a Libertadores também já estão bem encaminhadas. O Grêmio (que bateu a Ponte Preta de forma dramática, no sábado) e o São Paulo abriram uma boa vantagem em relação ao Botafogo, quinto colocado, e parecem que não vão largar o osso. O time carioca ainda sonha, mas tropeçou novamente nesta rodada, e viu as chances diminuírem bastante. Mesmo caso do Internacional, o "campeão da irregularidade" (juntamente com o Cruzeiro, na minha opinião), que foi derrotado pelo Náutico fora de casa e ainda vê a distância de oito pontos separando a porte de entrada do G-4. Logo atrás, ainda com remotíssimas chances, está o Vasco, que acumulou a impressionante e vergonhosa marca de seis derrotas consecutivas no campeonato, e segue numa crise interminável. O Corinthians, que bateu o já rebaixado Atlético-GO, tem o mesmo número de pontos, e segue se preparando para o Mundial de Clubes.


Quatro equipes nesta rodada praticamente selaram sua vaga na primeira divisão e não correm mais riscos de rebaixamento. Santos, Coritiba, Náutico e Flamengo venceram seus jogos (o primeiro fora de casa, com mais um show de Neymar, e os outros três dentro de seus domínios) e afastaram de vez o fantasma do Z-4. Por falar em zona do descenso, parece que as coisas estão se definindo para um grande clube dentro dela. E definindo pelo lado mais negativo possível. O Palmeiras somente empatou com o Botafogo e viu os rivais da frente se distanciarem na briga para permanecer na elite, aumentando ainda mais o drama e o desespero dos torcedores e da equipe. O Sport, primeiro time na zona, bateu o Vasco em São Januário e segue lutando. Por sua vez, o Bahia, que está na porta de entrada do Z-4, venceu a Portuguesa e manteve a distância de quatro pontos em relação ao time pernambucano, e sete dos paulistas na classificação. Ou seja, a situação do verdão é muito complicada e quase irreversível.

Faltando apenas mais doze pontos a serem disputados, a equipe terá que vencer e torcer contra os seus rivais para permanecer na elite do futebol brasileiro. O time não entrega os pontos, mas todos sabem que a escapatória é bem difícil. A sequência de jogos não ajuda, e o próprio desempenho da equipe atrapalha no destino final do clube. A torcida ainda pode acreditar, mas já pode deve ir se acostumando mais uma vez com a segunda divisão, num ano onde o clube volta a disputar a Libertadores. Momento bastante controverso e dramático para um gigante do nosso futebol.


A 34ª rodada do Brasileirão deixou bem claro este panorama para muitas equipes na tabela de classificação: que as disputas e objetivos terão sua denifição antes mesmo da última rodada do campeonato. Na questão do título de das vagas a Libertadores, esta questão é quase certa. No rebaixamento, o Figueirense, depois de mais uma derrota, teve o descenso praticamente decretado. O caso do Palmeiras é também concreto para isto. A outra vaga do Z-4, disputada por Sport e Bahia, ainda promete emoções até a rodada final, pois a alternância e a oscilação de resultados entre essas equipes é muito grande. Pois bem, amigos, o que nos resta é acompanhar estas quatro últimas rodada do Campeonato Brasileiro, que prometem ainda muita polêmica e disputa dentro e fora de campo, onde o futuro dos clubes está em jogo. Independentemente da definição na antepenúltima, penúltima ou até na última rodada, fato é que a bola vai rolar muito ainda nestes gramados do Brasil, mexendo com a cabeça e com o coração principalmente de nós, torcedores. Este é o nosso Brasileirão.

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Um ponto: Suado e muito lamentado


Nesta quarta-feira tivemos o complemento da 33ª rodada do Campeonato Brasileiro. Apenas uma partida foi realizada, deixando apenas mais cinco rodada para o fechamento oficial do Brasileirão. O jogo era muito importante, principalmente no que envolve a briga pelo título, e também, porque não, a disputa contra o rebaixamento. E a igualdade se fez presente em Belo Horizonte. Um ponto para cada lado, muito suado e comemorado por um lado, mas bastante lamentado e ruim para o outro.

O que se viu dentro da Arena Independência foi mais uma vez um show a parte da torcida do Atlético-MG, que tornou a partida uma verdadeira final de campeonato, tornando o estádio um "caldeirão" e exercendo pressão pra cima do adversário e principalmente da arbitragem. Apesar do espetáculo da massa atleticana, novamente todo o peso depositado em cima dos árbitros gera um retorno negativo para o jogo, que se torna cada vez mais tenso e sujeito a erros. É claro que o torcedor tem todo o direito de expressar sua opinião e revolta diante de arbitragens tão polêmicas como viemos tendo neste ano. Infelizmente a cultura do futebol brasileiro atual está neste cenário, e mudá-lo parece estar cada vez mais complicado. Para que isso aconteça, a solução deve vir de cima, primeiramente, das entidades e federações responsáveis, para depois atingir a todos os envolvidos do esporte mais popular do mundo.


Depois deste "parêntese", vamos falar especificamente da partida dentro de campo. Como era de se esperar, e já é costume nos jogos do galo dentro de casa, a equipe começou elétrica, não deixando o rubro-negro respirar. Com o melhor desempenho como mandante neste Brasileiro, o time mineiro fez valer seu mando de campo mais uma vez, e tinha o maior domínio da partida. Porém, num lance isolado, o Fla abriu o placar, com um chute potente de Renato Abreu. Apesar do domínio, o Atlético-MG pouco ameaçou o gol carioca. Apenas uma bola na trave arrematada por Jô assustou a meta dos visitantes.

Ainda na primeira etapa, Wellington Silva acabou cometendo falta, levando o segundo cartão amarelo e sendo expulso. Com isto, no segundo tempo, o técnico Cuca mexeu no time e o galo partiu pra cima, buscando o gol de empate, que saiu logo aos 12 minutos. Bernard fez o cruzamento na medida para Leonardo, novamente de cabeça, igualar o marcador. E, quando se esperava os atleticanos ainda mais insistentes para a virada, se viu um time que não conseguiu exercer a pressão que era esperada. Diante da retranca rubro-negra, os donos da casa tinham dificuldades para penetrar na área adversária, abusando as jogadas pelo alto, que não surtiram resultados. Em somente dois lances o time chegou assustar o gol do Fla: com Jô e depois no finalzinho, numa cobrança de falta feita por Ronaldinho, que caprichosamente acertou a trave. 1 a 1 muito festejado por parte dos cariocas, e muito lamentando por parte dos mineiros.


A briga pelo título está ficando cada vez mais árdua para o Atlético-MG, que agora vê a distância para o líder Fluminense em oito pontos. Faltando cinco rodadas e mais 15 pontos a serem disputados, é notório que o galo vai precisar de superar e contar com a sorte para chegar a taça do Brasileirão. Os vacilos deste segundo turno acabaram por serem fatais para o time, que já deve ser conformar com a vaga na Libertadores. Já o Flamengo soma um importante ponto, para escapar de vez da ameaça de rebaixamento. Aos poucos, parece que Dorival Júnior vai voltando naquele ritmo dos seus primeiros jogos pela equipe, planejando a equipe já para a próxima temporada, que deve ser bem mais positiva para o time da gávea.