quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Império "Deja vu"?


A história se repete. Mesmo jogador, com muito renome, qualidade para jogar e reconhecimento, mas que sofre já a tempos com as polêmicas, baladas, bebida, balança, lesões e confusões. O mesmo clube, formador deste jogador, que novamente o acolheu,  recebeu para uma recuperação que parece já estar no seu fim. E, depois de muito namoro, o ato oficial do casamento se firmou nesta quarta-feira. Adriano enfim foi apresentado pelo Flamengo, assinando um contrato por "serviços prestados" (um termo mais popular de se falar) e deve entrar em campo logo em breve, vestindo mais uma vez a camisa 10 rubro-negra.

A sensação de "Deja vu" não só dos torcedores do Fla, mas também de qualquer um que acompanha o futebol nos últimos anos é bastante grande, até por tudo que o imperador já proporcionou e se envolveu. O fato mais recente foi sua passagem pelo Corinthians, onde ele quase não conseguiu atuar por conta dos problemas físicos. Acabou saindo pela porta dos fundos, comprando briga com o clube e com os torcedores.

Além dos casos com o corpo, o que acaba fazendo a "caveira" de Adriano é o  seu próprio comportamento e atitudes fora dos gramados. Primeiramente com os cuidados com sua saúde. Sofrendo com seguidas lesões, Adriano acaba não se tratando da forma adequada e não se cuidando com um jogador. Assim, sua volta aos gramados é sempre muito complicada. Outro fato bem agravante são as polêmicas, as chegadas tardias nos treinamentos e a falta de comprometimento, que acaba fazendo do jogador uma espécie de vilão para os torcedores de todos os clubes.

Porém, mesmo com todos estes problemas relatados, que já se repetiram seguidas vezes, o imperador ganha mais uma oportunidade, esta que pode ser a última da sua carreira. Ele tem neste momento sua grande chance de dar a volta por cima de uma vez por todas e se consolidar novamente como um grande jogador. Potencial e bom futebol ele tem de sobra para fazer isso. Mas não é só do desempenho dentro das quatro linhas que o atleta vive. Os fatos, as condutas e as atitudes fora dele acabam influenciando (e muito) sua imagem e atuações nos gramados. E é isto que Adriano pode pecar. Mais uma vez.

O imperador entra numa fase onde o seu clube vem tentando ter uma crescente no Campeonato Brasileiro. Depois de iniciar muito mal a competição, a entrada de Dorival Júnior no comando do Flamengo fez o time mudar a postura e conseguir apresentar um futebol convincente. O estado atual da equipe é de ascensão. Com isto, Adriano pode entrar um pouco menos pressionado, tentando se encaixar no ataque, que já conta com Vágner Love e Liédson. Mas, mesmo com esta pequena tranquilidade que ronda os arredores da gávea, a pressão e a cobrança em cima de Adriano não vão ser menores, até pelo passado que ele apresenta.

A exigente torcida rubro-negra gosta muito do imperador, mas com certeza ela será alvo de muitas cobranças, como deve ser mesmo. Além da torcida, cabe principalmente a diretoria do Flamengo ser rígida com o jogador, não tolerando atos de indisciplina e o tratando na "rédia curta", evitando desconfortos e focando única e exclusivamente no seu futebol. Os cariocas a pouco tempo atrás já tiveram uma experiência destas. Ronaldinho Gaúcho acabou se envolvendo em casos extra-campo e a cúpula rubro-negra não soube se portar da maneira correta, não punindo o jogador e colocando a sujeira para debaixo do tapete. Resultado: saída mais do que conturbada do clube. O caso de Adriano pode ser considerado bem mais complexo e exige cuidado redobrado.

Como já foi falado, bom futebol o imperador tem de sobra para se firmar nos gramados brasileiros e voltar a ser protagonista dentro de campo. Porém, seu corpo e principalmente sua cabeça precisam ser trabalhadas, para que não aconteça o que já aconteceu no passado, com mais decepções, confusões e saída pela porta dos fundos. Recebendo salário por "produtividade", Adriano precisa aproveitar esta chance, pois não se sabe se ele terá outra oportunidade no futuro. O "Deja vu" ou uma história diferente? Eis a questão do novo império de Adriano.

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Resumão da 18ª rodada do Brasileirão

Nesta sábado e domingo tivemos a realização de mais uma rodada do Campeonato Brasileiro. E, como o tempo anda bastante curto, nada melhor que um resumão dos jogos de se passaram da 18ª e penúltima rodada do primeiro turno do Brasileirão.


Começamos falando da parte de cima da tabela, onde o Atlético-MG segue com sua quase irretocável campanha e já garantiu o título simbólico da primeira parte do Brasileiro. Num jogo eletrizante, o galo venceu no aperto o Botafogo dentro de casa e permanece com três pontos de vantagem a frente do segundo colocado, o Fluminense, que, também no aperto, bateu o Sport no sábado e já abriu uma boa vantagem para o Vasco, que vem logo em seguida. O cruzmaltino, mesmo jogando melhor, acabou derrotado no clássico para o Flamengo e se mostra numa progressiva queda no campeonato, enquanto seu rival achou uma maneira de jogar com o novo treinador.

Quem encostou nos alvinegros na classificação foi o Grêmio, que goleou e enterrou ainda mais o lanterna Figueirense no Olímpico. O tricolor reencontrou o caminhos das vitórias e ve logo atrás o Internacional, que segue na briga para entrar no G-4. Porém, o colorado acabou tropeçando na Portuguesa e viu o arquirrival abrir vantagem na quarta colocação. Quem também luta para entrar no G-4 é o São Paulo, que no sábado jogou em casa e venceu a Ponte Preta com facilidade, assumindo a sexta colocação e deixando Botafogo e Cruzeiro para trás. A raposa, aliás, foi goleada pelo Coritiba no Couto Pereira, mostrando a grande força que os paranaenses tem dentro de casa. O coxa segue tentando se afastar da zona do rebaixamento.


Coisa que o Santos já conseguiu fazer. No clássico contra o Corinthians, num jogo bastante polêmico, o peixe venceu e ficou apenas a uma ponto do rival na tabela, e também chegando ao mesmo número de pontos do Náutico, que bateu o Bahia dentro de casa no sábado e, a exemplo do Santos, se afastou do Z-4. Quem venceu, porém segue dentro dele é o Atlético-GO, que conseguiu uma importante vitória num confronto direto contra o Palmeiras. O dragão já vê a luz de saída da zona da degola, enquanto o alviverde corre o risco de entrar nela na próxima e última rodada do primeiro turno do Brasileirão.

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Recuperações e tropeço gigante


Como já havíamos destacado no post anterior, mais três jogos finalizariam a 17ª rodada do Campeonato Brasileiro nesta quinta-feira. E, a exemplo do que se foi visto na quarta, mais duas equipes da parte de cima da tabela tropeçaram e deixaram de somar pontos essenciais para a classificação. Enquanto isso, duas equipes paulistas venceram a tentam se firmar no Brasileirão.

Uma delas é o Corinthians. Jogando em casa, o time recebeu o Internacional, afim de continuar subindo na tabela e quem sabe chegar perto dos primeiros colocados. E, mesmo não jogando bem, o timão aproveitou as chances que teve e venceu com um gol do zagueiro Paulo André, que fez a equipe subir na tabela. Jogando com os titulares, o coringão está mostrando que pode sim lutar por um algo a mais nesse Brasileirão. Porém, a preparação para o Mundial será decisiva nesta caminhada. O Internacional, por sua vez, perde a chance de entrar no G-4, tropeça como os seus rivais, mais continua colado no pelotão da frente.


Quem também segue na parte de cima da tabela, mas que também tropeçou nesta rodada é o Vasco. Em São Januário, o time mais uma vez jogou mal, não conseguiu imprimir o ritmo dos últimos jogos e fez do Coritiba uma "pedra no seu sapato", mais uma vez. O Coxa saiu na frente, num primeiro tempo onde foi melhor. Já na segunda etapa, o time da casa acordou e logo empatou. Bem melhor do que na etapa inicial, o cruzmaltino foi pra cima e chegou a virada mais na base da vontade, já no finalzinho de jogo. Porém, uma ducha de água fria chamada Éverton Ribeiro calou a torcida e fez os vascaínos mais uma vez tropeçarem. Empate com sabor muito amargo para o Vasco, que perde uma excelente oportunidade de colar no líder Atlético-MG. São pontos assim que podem fazer muita falta na reta final da competição. Já o Coritiba pode comemorar a igualdade, pois deixa a zona de rebaixamento.

Finalizando mais uma rodada do Brasileirão, tivemos a reabilitação de mais um paulista. Jogando no Orlando Scarpelli, o Santos contou com a volta das suas principais estrelas para vencer o Figueirense e tentar quem sabe uma arrancada no campeonato. Depois de sair atrás no placar, Neymar e Bruno marcaram belos gols, e Ganso fechou a conta: 3 a 1 para os santistas, que ganharam uma outra cara com a volta de seus destaques, mesmo com a ainda conturbada relação de Paulo Henrique Ganso com o clube. Os catarinenses, por sua vez, agoniam na lanterna.

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Jogo fácil? Sem essa no nosso Brasileirão


Nesta quarta-feira o Campeonato Brasileiro teve a abertura de sua 17ª rodada. Sete partidas agitaram os gramados pelo país. E, dentro deles, tivemos algumas surpresas e resultados que não eram aguardados, fato que acabou por deixar este início de rodada mais interessante e emocionante, além de é claro deixar os torcedores malucos, mostrando que no nosso Brasileirão qualquer partida levada com algum "relaxamento" pode virar uma tremenda dor de cabeça para as equipes, perdendo pontos importantes, que com certeza farão falta no término da competição

Vamos destacar primeiramente os jogos que tiveram resultados digamos "aceitáveis" e em até certo ponto esperados, sem surpresas ou espantos. Na Arena Independência, duas equipes da parte de cima da tabela buscavam se manter na briga: Cruzeiro e Fluminense proporcionaram um jogo polêmico e nervoso, que acabou no empate. Depois de sair na frente, a raposa permitiu a igualdade do tricolor. O resultado acabou sendo ruim para os donos da casa, que se afastaram um pouco do G-4, e também não tão satisfatório para o Flu, que perdeu a oportunidade de encostar de vez no líder Atlético-MG.

Diferentemente de ambos, a equipe que aproveitou, venceu e voltou para o grupo dos primeiros colocados foi o Botafogo, que recebeu o Sport no Engenhão e não deu chances para o azar: um 2 a 0 não tão convincente, mas que serviu para a equipe voltar a flertar o grupo dos quatro primeiros colocados, e acabou por afundar ainda mais o Sport. Quem acabou saindo da zona do rebaixamento depois de muito tempo foi o Palmeiras, que mais uma vez contou com a inspiração do atacante Barcos para triunfar sobre o Flamengo. Agora, o verdão busca engrenar de vez no Brasileirão. Coisa que parece ser difícil no Fla, que, depois de duas vitórias, volta a perder e estaciona na tabela.

Agora, o destaque vai para as partidas que puderam ser caracterizadas como surpreendentes pelos resultados finais. E o meu destaque maior fica para a derrota do Grêmio contra a Portuguesa. Jogando no Estádio Olímpico, o tricolor gaúcho vinha muito embalado pelos últimos jogos e pela ótima campanha, e enfrentaria um adversário que ainda estava tentando se estabilizar na tabela. Jogo fácil? No Campeonato Brasileiro esta pequena frase não existe. Vitória da lusa por 2 a 1, que faz o time se afastar de vez da degola e deixa o Grêmio mais longe dos líderes, e com a ameaça de perder seu posto no G-4.

Outra surpresa, esta bastante considerável também, foi o empate no confronto dos atléticos. O líder mineiro e o desesperado goiano se enfrentaram no Serra Dourada e, pra quem esperava mais uma vitória dos visitantes, se enganou. Mesmo jogando boa parte do jogo com um jogador a menos, o dragão foi valente e contou com a trave para parar o ímpeto do primeiro colocado e conquistar um pontinho bastante comemorado. Já o galo perdeu a chance de disparar ainda mais na liderança, e pode ver o Vasco se aproximar novamente.

O São Paulo também acabou sendo parado por uma equipe da parte debaixo da classificação. E de uma forma bem pior. Jogando nos Aflitos, o tricolor paulista sofreu uma derrota merecida para o Náutico, que usou de sua velocidade para derrotar seu adversário: 3 a 0, resultado que deixa a equipe agora bem mais distante da zona da Libertadores e faz com que o timbu respire na tabela. Finalizando a abertura da 17ª rodada, a Ponte Preta, pedra no sapato de muita gente neste primeiro turno, sofreu uma derrota inesperada. Dentro de casa, acabou sendo derrotado pelo Bahia e permanece com sua grande irregularidade na competição. Os baianos, por sua vez, deixaram a zona de rebaixamento. 

Esta foi a abertura de mais uma rodada. Mais três partidas finalizam ela nesta quinta-feira, prometendo muita disputa e quem sabe mais resultados inesperados, pois, neste nosso Brasileirão, qualquer partida vira uma decisão.

domingo, 12 de agosto de 2012

O interminável "fantasma" olímpico e a 16ª rodada do Brasileirão


Mais uma frustração. Mais uma batida na trave. E mais uma medalha de prata e o ouro que escapa das nossas mãos (ou melhor, dos nossos pés). Neste sábado a seleção brasileira tinha tudo para vencer o México na final do futebol nas Olimpíadas de Londres e enterrar de uma vez por todas um velho "fantasma" que assola os gramados brasileiros dentro dos jogos olímpicos. Mas infelizmente a equipe, que pouco convenceu durante toda a competição, não se encontrou dentro de campo, acabou derrotada e mantendo este tabu que parece interminável.

Podemos afirmar que o Brasil não esperava tantas dificuldades em uma final. Depois de enfrentar equipes teoricamente com pouca expressão no futebol e com baixa qualidade técnica (mesmo com isso, as vitórias vieram no sufoco em quase todos os jogos), o time teve pela frente uma seleção mexicana muito bem postada dentro de campo, tanto defensivamente como ofensivamente, e teve muitas dificuldades durante toda a partida. Mais uma vez o técnico Mano Menezes repetiu o esquema tático das semifinais, deixando Hulk no banco e colocando Alex Sandro na lateral-esquerda, deslocando Marcelo para o meio-de-campo. Porém, as coisas desde o comecinho de jogo estavam totalmente perdidas e fora do lugar para a seleção brasileira.


Isso porque com menos de trinta segundos o México abriu o placar, em mais uma das inúmeras falhas e cochiladas da defesa brasileira. É inadmissível uma equipe como esta sofrer um gol tão rapidamente. Com isso, o esperado seria o Brasil colocar em prática novamente o que já havia feito dentro de campo nas outras partidas. Mesmo saindo atrás do marcador, o time não se abateu, impôs seu ritmo no ataque e as chances saíram naturalmente. Mas contra os mexicanos a coisa acabou não fluindo como o esperado. Perdendo o jogo nitidamente no meio-de-campo e nas laterais, a nossa seleção parecia perdida, sufocada e sem ter o que fazer quando tinha a bola nos pés, diante da pressão exercida pela marcação do adversário, e não conseguindo alternativas para sair da complicada situação. Mano tentou arrumar a equipe, voltando com seu esquema antigo, colocando Hulk em campo. Algumas chances até foram criadas depois da entrada dele, que mostrou muita disposição, mas nada que assustasse muito a meta do goleiro mexicano.

A etapa final permaneceu com o mesmo panorama no início, e a situação acabou se complicando com o decorrer do tempo. Com os nossos laterais subindo juntamente com os volantes, de uma forma não muito organizada, e com Oscar muito mal em campo, o Brasil não criou mais oportunidades e estava desarrumado, correndo risco de sofrer o segundo gol, que acabou vindo e mostrando toda a confusão da defesa brasileira, que deixou o adversário subir sozinho e cabecear no canto do goleiro Gabriel, acabando com todas as chances do ouro. Hulk, o mais lúcido em campo, ainda descontou no final, mas não adiantou.


Novamente a seleção brasileira bate na trave em uma Olimpíada. Estes jogos prometiam muito, e foi criada uma expectativa muito grande em cima dele, por se tratar de uma geração de jogadores com muita qualidade (talvez a melhor geração olímpica que já tivemos) e também pelos adversários de pouca expressão. Apesar disso, durante todas as partidas da competição as vitórias vieram de uma forma apertada e não convincente. Tivemos alguns problemas fora e dentro de campo que acabaram prejudicando o grupo. Uma delas foi o corte do goleiro Rafael, titular do time, e que deixou uma deficiência grande nas traves da seleção. A fragilidade da defesa, que, mesmo contando com Thiago Silva, falhou em muitas oportunidades e comprometeu. Os dois volantes, Sandro e Rômulo, que jogaram de uma forma confusa em muitas vezes, não conseguindo cobrir as laterais de campo e atuando a frente de suas respectivas posições.

Falando especificamente dos problemas dentro de campo, podemos apontar um grande responsável por mais este fracasso olímpico: e ele se chama Mano Menezes. Alguns podem até dizer que não houve um tempo hábil para uma preparação intensa desta seleção, mas eu acabo discordando disso. Apesar dos poucos jogos, o tempo de treinamento e trabalhos técnicos e táticos foi rasoável para se fazer um bom trabalho e vencer os jogos. Além disso, Mano acabou pecando em muitas vezes, e por questões até de visão de jogo, deixando um jogador acima dos 23 anos no banco de reservas, apostando num Paulo Henrique Ganso quase que "acabado" tecnicamente e psicologicamente, não efetuando as mudanças certas durante as partidas, e também nesta final, e pecando até nas convocações. Ele não conseguiu formar uma equipe, não sabendo usufruir de uma seleção com jogadores de muita qualidade e com uma geração repleta de talentos.


Minha opinião é de que seu ciclo a frente do Brasil deveria já ter seu fim. Os resultados não estão vindo, as cobranças aumentam, e vejo que Mano não possui um perfil visando a Copa do Mundo de 2014, a acabou por mostrar isso a beira do gramado comandando a seleção. Ele não conseguiu formar uma base e uma cara para a nossa seleção canarinho, a pouco menos de dois anos para o Mundial, e isso preocupa bastante. E estes Jogos Olímpicos acabaram por confimar que seu nome não é o certo para seguir no comando do Brasil. Nesta semana que se inicia devermos ter uma posição oficial da CBF sobre isso. Mais uma frustração, desta vez em Londres, e fica para o Rio em 2016 a chance da seleção tentar terminar com este tabu difícil de ser quebrado.

Trocando de assunto, vamos destacar a 16ª rodada do Campeonato Brasileiro, que teve sua realização neste final de semana. No sábado, quatro partidas abriram a rodada. O destaque ficou para as vitórias de Flamengo e Cruzeiro. O rubro-negro derrotou o Náutico com dois gols do artilheiro Vágner Love, e parece que já está se arrumando sob o comando de Dorival Júnior. Já a raposa foi até Pituaçu e venceu o Bahia por 1 a 0, permanecendo na briga para entrar no G-4. Outra equipe que venceu foi o Figueirense, quebrando um longo jejum de vitórias, derrotando o Sport fora de casa e deixando a lanterna para o Atlético-GO, que deixou escapar a vitória contra o Santos. Depois de estar vencendo por 2 a 0, o peixe voltou com alterações para a etapa final, que surtiram efeito e fizeram com que o resultado ficasse em 2 a 2. O alvinegro também segue na parte debaixo da tabela.


No domingo, mais seis partidas acabaram por finalizar mais uma rodada. E o grande destaque se dava no confronto dos dois primeiros colocados na classificação. Atlético-MG e Vasco se enfrentaram em Belo Horizonte, prometendo um duelo bastante interessante e brigado. E foi isso que aconteceu. Com muita disputa por cada parte do gramado da Arena Independência, a partida acabou por se caracterizar por um domínio dos donos da casa, que tinham a maioria da posse de bola e, imprimindo muita velocidade e jogadas envolventes, acabou por furar a melhor defesa do Brasileirão, que já estava a sete jogos sem ser vazada. Jô foi o responsável pelo único gol do jogo, que fez o galo abrir uma boa vantagem na liderança, e ainda com uma partida a menos. O destaque da partida ficou para Ronaldinho Gaúcho, que, jogando solto no meio-de-campo, comandou o time mineiro para mais uma vitória, a 12ª em 15 jogos.

E, assim como o galo, as equipes de cima da tabela venceram seus jogos. A vice-liderança trocou de mãos nessa rodada. O Fluminense venceu o Palmeiras com um gol solitário de Jean já no final de jogo, deixou o Vasco para trás e fica a três pontos da ponta. Os gaúchos Grêmio e Internacional tiveram que buscar a virada em suas partidas para permanecerem no pelotão de frente do Brasileiro. O colorado sofreu um susto contra a Ponte Preta dentro de casa, mas virou e assumiu a quinta colocação, ficando um ponto atrás do seu rival tricolor, que foi até o Morumbi enfrentar outro tricolor. E, depois de sair atrás do placar, usou toda a qualidade e experiência dos seus jogadores para vencer por 2 a 1 e permanecer na quarta colocação.


Quem acabou ficando mais distante desta briga pelo G-4 foi o Botafogo, que foi até o Canindé e tropeçou diante da Portuguesa. O alvinegro saiu na frente, mas permitiu o empate dos donos da casa e se afastou um pouco do grupo da frente. Pra finalizar, no Couto Pereira, o Coritiba segue na luta para se achar de vez dentro do Brasileirão. Mais uma vez a equipe foi derrotada, desta vez pelo Corinthians, e permanece com sua grande irregularidade. Enquanto isso, o timão tentar uma aproximação com os primeiros colocados. Final de semana cheio de emoções no futebol, algumas ruins, decepcionantes, mas outras muito válidas e interessantes. Nesta meio de semana tem mais, Brasileirão e seleção brasileira em campo, para a alegria dos "pitaqueiros" de plantão, como todos nós somos.

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Últimos ajustes para o ouro


Está cada vez mais perto e reluzente. Depois da vitória diante da Coreia do Sul, na última terça-feira, e consequentemente com a classificação assegurada para a final dos Jogos Olímpicos de Londres, a seleção brasileira se vê muito perto de finalmente conquistar a inédita medalha de ouro para o nosso futebol, e, assim, prepara os últimos detalhes para a decisão, que acontece no próximo sábado, diante do México.

A partida das semifinais já prometia um panorama parecido com o jogo diante de Honduras, pelas quartas-de-final: com o Brasil com todo o favoritismo possível, diante de uma seleção que entrava como franca-atiradora e tentava surpreender. E, diante disto, o técnico Mano Menezes repetiu o que vinha fazendo nos últimos (aliás, em todos os) jogos desta Olimpíada: mudou a formação da equipe dentro de campo, tanto taticamente como também as peças.


Como já havia testado na partida contra a Nova Zelândia, ainda na primeira fase, Mano optou por atuar num 4-4-2, sacando Hulk e colocando Alex Sandro. Assim, este último alternava sua posição na lateral-esquerda com Marcelo, que, por sua vez, jogava mais avançado no meio-de-campo, ajudando Neymar e Oscar na armação das jogadas. A mudança fez com que o time ficasse bastante eficiente no lado esquerdo de ataque, utilizando do rápido toque de bola para envolver o adversário.

Porém, o que se viu no começo de partida foi uma dificuldade da nossa seleção em aplicar seu ritmo de jogo. Com isso, o time acabou tomando dois grandes sustos na defesa, quase sofrendo o primeiro gol. Mas, com o decorrer de partida, a equipe conseguiu se encaixar, e, novamente usando da velocidade, habilidade e entrosamento dos jogadores, conseguiu criar chances claras de gol, até abrir o placar com o volante Rômulo, depois de boa jogada armada por Oscar e Neymar.


Este primeiro, aliás, voltou a brilhar, depois de uma atuação apagada nas quartas. O camisa 10 da nossa seleção usou e abusou de seu excelente futebol para ajudar a seleção a marcar mais duas vezes. Ele, juntamente com Neymar, foi o responsável por criar as principais jogadas ofensivas do time. Porém, o responsável por colocar a bola para as redes foi Leandro Damião, que chegou ao seu sexto gol e agora é artilheiro dos Jogos. Primeiro, ele aproveitou boa jogada de Neymar e Marcelo para finalizar com força e marcar o segundo. Mais tarde, usou seu faro de gol apurado para empurrar de bico, marcando o terceiro e selando a classificação brasileiro para a final olímpica, fato que não acontecia já haviam 24 anos.

Ficou nítida a grande fragilidade da seleção da Coreia do Sul  na partida, que, mesmo com isso, acabou por criar oportunidades claras de gol, ameaçando o gol do goleiro Gabriel. Porém, mais uma vez o Brasil soube lidar com as dificuldades, conseguiu impor seu futebol, dominou boa parte do jogo e obteve a vitória e a classificação para a decisão. Mano ainda precisa acertar alguns detalhes da equipe dentro de campo, e fica a expectativa se a escalação será mudada mais uma vez. Mas a certeza do torcedor brasileiro é cada vez mais forte de que esta geração trará o inédito ouro olímpico para o nosso país. Sábado a história será escrita, e pelo que tudo indica ela deverá ter uma reluzente luz dourada. É o que todos esperam.

domingo, 5 de agosto de 2012

Seleção olímpica nas semifinais e resumão do Brasileirão


Este final de semana que se passou foi marcado por uma agenda cheia nos gramados do nosso país e também em Londres, onde estão sendo disputados os Jogos Olímpicos. Então, nada melhor que um resumão sobre tudo que se passou pelos campos, onde a bola rolou e a rede balançou com bastante frequência.

Vamos começar falando da nossa seleção brasileira, que, mesmo no sufoco, passou por Honduras e chegou às semifinais da Olimpíada. A partida prometia até um domínio brasileiro e uma vitória teoricamente tranquila, mas, dentro de campo, a história foi bem diferente. Mano Menezes promoveu duas alterações na equipe titular: o goleiro Gabriel e o atacante Leandro Damião permaneceram na equipe depois da vitória sobre a Nova Zelândia e carimbaram sua vaga dentro dos onze jogadores. E, mesmo com estas mudanças, mais uma vez o Brasil pecou na defesa, e acabou sofrendo o primeiro gol logo no início de jogo. Com um adversário muito bem postado, que não jogava apenas para se defender, mas também para incomodar a retaguarda brasileira, nossa seleção teve muitas dificuldades de imprimir seu jogo e chegar perto do gol. Apenas depois da expulsão de um jogador hondurenho (que cometeu duas faltas num intervalo de menos de um minuto) é que o time começou a se soltar e criar oportunidades. Ainda assim, o gol de empate só veio no término da primeira etapa, quando Damião, mais na raça do que na técnica, empurrou de carrinho para as redes.


O segundo tempo veio e o Brasil se jogou para o campo de ataque, buscando marcar logo no início. Porém, o inverso aconteceu. Assim como na etapa inicial, a seleção de Honduras não ficou assustada por estar com um jogador a menos dentro de campo e continuou jogando da mesma forma, atacando a nossa seleção. E foi assim que o segundo gol veio, depois de mais uma cochilada da zaga canarinha. Mesmo nesta situação, um ponto positivo do Brasil foi ter mantido a calma mais uma vez em uma situação de dificuldade, e o segundo gol veio naturalmente, com Neymar, que converteu penalidade sofrida por Leandro Damião. Aliás, estes dois que estavam fazendo a diferença no campo ofensivo brasileiro, já que Hulk estava sumido e Oscar tentava, mas não conseguia repetir as atuações anteriores. E foi mais uma vez com o nosso camisa 9 que a virada veio. Usando de sua principal característica, Damião girou e bateu no canto do goleiro hondurenho, fazendo a seleção ficar pela primeira vez com a vantagem no marcador.

Depois disso, Mano Menezes colocou Lucas na partida, o time ficou mais veloz no ataque, criou algumas chances, mas não conseguiu aumentar. Enquanto isso, a zaga segurava o ímpeto do adversário, que ainda teve mais um jogador expulso. Vitória brasileira no sufoco, mas que valeu a classificação às semifinais dos jogos. Agora, o Brasil terá pela frente a Coreia do Sul, onde irá buscar a vaga na final da Olimpíada, para quem sabe confirmar a medalha de ouro inédita. A vitória e a classificação contra Honduras veio na base do sufoco, coisa que ninguém esperava. O time continua com alguns "velhos" problemas, como a defesa e suas laterais, sobrecarregando os volantes. Mesmo assim, o ataque continua se mostrando bastante entrosado, envolvente e decisivo quando tem que ser, mostrando muita tranquilidade e frieza para decidir no momento certo. O ouro parece estar cada vez mais perto.


Depois de falarmos da Olimpíada, destacamos aqui mais uma rodada do Campeonato Brasileiro, a 14ª da competição, onde tivemos como grande destaque as vitórias dos primeiros colocados, mais uma vez. Tivemos uma partida que acabou sendo adiada, entre Flamengo x Atlético-MG. Com isso, o segundo colocado, Vasco, tinha a oportunidade de assumir a liderança provisoriamente. Porém, o time da Colina, jogando em casa, acabou não aproveitando a chance. Errando muito, os vascaínos não saíram de um empate sem gols contra o Corinthians, numa partida bastante truncada. Quem agradeceu foi o Fluminense, que foi até o Couto Pereira e bateu o Coritiba, se aproximando do vice-líder e se consolidando mais ainda no G-4.

Outro tricolor que continua embalado e firme na zona da Libertadores é o Grêmio, que venceu bem o Bahia dentro de casa e não deu brechas aos adversários. Mesmo assim, seu rival, Internacional, se manteve na cola, somente um ponto atrás do quarto colocado. O colorado conseguiu uma importante vitória contra o Palmeiras e não deixou os times da frente desgarrarem. São Paulo e Botafogo também venceram e continuam a caça pelo G-4. O tricolor paulista venceu o Sport no sufoco dentro do Morumbi e agora busca seguir com as vitórias para entrar na zona. Já o Botafogo foi até o Serra Dourada no sábado e venceu de virada o Atlético-GO, contando com o primeiro gol do holandês Seedorf com a camisa do clube, numa linda cobrança de falta.


Quem destoou um pouco foi o Cruzeiro, que acabou surpreendido em casa. Mais uma vez a Ponte Preta aprontou pra cima de um grande e fez o time celeste cair na classificação. Falando agora da parte debaixo da tabela, a Portuguesa recebeu o lanterna Figueirense no Canindé e venceu pelo placar mínimo, se afastando ainda mais das últimas colocações e afundando ainda mais o time catarinense. Pra fechar, o Santos continua na sua péssima fase. Foi até o Recife e acabou derrotado pelo Náutico, permanecendo na rabeira da zona de rebaixamento. No meio da semana tem mais Brasileirão, com a realização da 15ª rodada.

CONFIRA! : Recomendo a todos os parceiros, visitantes e apreciadores do Futebol Na Veia a fazerem uma visita no mais novo blog sobre goleiros, o "Paixão pela Um". O autor é meu caro irmão, Lucas Campi, que vai abordar os mais variados temas referentes a mais árdua posição dentro do futebol. Os posts já começaram a ser divulgados, e o primeiro deles destaca um tema bastante discutido nos últimos dias: o posto de camisa 1 na nossa Seleção Olímpica. Fica aqui a dica. Vale a pena conferir! "Paixão pela Um".

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Traçando o caminho dourado


Nesta quarta-feira a seleção brasileira olímpica entrou em campo para seu último compromisso dentro da fase de grupos das Olimpíadas. Jogando em Newcastle, a seleção fez o necessário para bater a fraca Nova Zelândia e garantir o primeiro lugar na chave C. Agora, o time espera o adversário vindo do grupo D para as quartas-de-final, para entrar na fase de mata-mata e continuar traçando seu caminho rumo a medalha de ouro.

Nesta partida, o técnico Mano Menezes se deu ao luxo de colocar em campo um time misto, cheio de caras novas, que ainda não tinham tido muitas oportunidades nos jogos. Ao todo, foram cinco alterações: Gabriel, Alex Sandro, Danilo, Lucas e Leandro Damião iniciaram como titulares, se mesclando com as peças que já vinham atuando nas duas primeiras partidas. E esta mescla deu resultado logo cedo, quando Danilo, depois de uma bela tabela com Damião, entrou na área e abriu o placar. Um pouco depois, em mais uma ótima jogada do lado esquerdo de ataque da seleção, o próprio Leandro Damião deixou sua marca. Assim, o Brasil levou o jogo com a maior tranquilidade e controle possíveis. Na segunda etapa, a equipe deu uma segurada no ritmo, mas manteve o domínio e a calma e ainda marcou o terceiro gol, quando Sandro aproveitou cruzamento de Marcelo. Vitória tranquila e boa para a seleção, que chega a fase de mata-mata com o maior favoritismo e confiança possíveis.


Mano pode testar neste jogo algumas peças e também formações possível para o restante dos jogos, que podem vir ajudar em um momento mais conturbado. Tivemos alguns destaques individuais: a começar pelo goleiro Gabriel, que teve a oportunidade e soube aproveitá-la. Apesar de ser pouco exigido pela fraca seleção neozolandesa, o jovem arqueiro mostrou muita segurança em suas bolas, até mais que o titular Neto. Merece mais um voto de confiança. Na lateral-esquerda, Alex Sandro mostrou sintonia jogando no ataque com Marcelo, mas pecou um pouco na defesa. Acabou sendo expulso, porém, teve uma atuação convincente.

Falando em Marcelo, o lateral do Real Madrid se mostrou bastante a vontade jogando no meio-de-campo, como vem atuando as vezes no seu clube. Muito rápido e habilidoso, pode ser uma espécie de "curinga" para o treinador. Depois de alguns altos e baixos, Danilo se comportou bem junto com Sandro no meio, marcou seu gol, mas nada que deva ameaçar a vaga de Rômulo. Voltando a ser titular, Leandro Damião mais uma vez conseguiu seu espaço, usando suas principais características para deixar sua marca e colocar um ponto de interrogação na cabeça de Mano, referente a camisa 9. Ainda assim, Pato deve permanecer na frente.


Quem destoou um pouco foi Lucas. Tão pedido pela torcida, o meia são-paulino não correspondeu as expectativas e ficou longe de apresentar seu melhor futebol. Dificilmente terá outra chance nesta Olimpíada como titular. Além dele, outro meia está em situação mais desconfortável ainda. Paulo Henrique Ganso estava relacionado para atuar começando como titular na partida de hoje. Porém, ele sentiu dores musculares e teve que ser vetado. Com isso, mais uma vez aquela pergunta vem a tona: o que Ganso está fazendo em Londres? Porque nada pode justificar tamanha apatia no seu futebol, não aproveitando as duas partidas que Mano lhe deu chances e mais uma vez tendo que conviver com problemas de lesão. Acho que seria melhor para todos se a CBF providenciasse uma passagem de volta para o jogador poder cuidar de seu preparo físico e também do seu futuro como jogador, que deve ser longe do Santos, como até já citou o presidente Luís Álvaro de Oliveira.

Tirando algumas baixas, a nossa seleção segue no caminho certo, traçando a estrada para uma inédita medalha de ouro olímpica, que parece estar cada vez mais perto. Na partida de hoje, mesmo diante de um adversário muito frágil, o Brasil mostrou que tem um grupo de jogadores com muita qualidade, habilidade, frieza e experiência, mesmo com a pouca idade. Agora, a fase de mata-mata está por vir, e neste sábado a seleção tem seu desafio pelas quartas-de-final, e tem tudo para avançar e continuar seguindo em frente, visando num futuro bem próximo uma reluzente luz dourada, tão cobiçada por várias gerações.