quarta-feira, 8 de junho de 2011

Na Copa América deve ser diferente

Nesta terça-feira a seleção brasileira entrou em campo para o segundo e último amistoso antes do início da Copa América. O primeiro, contra a Holanda, no sábado passado, o Brasil acabou ficando no empate, sendo vaiado pela torcida e não apresentando um bom futebol. E, contra a Romênia, no estádio do Pacaembu, na despedida de Ronaldo com a camisa da seleção, a coisa não foi muito diferente. A vitória veio, mas a empolgação dentro de campo ficou exclusivamente a cargo do fenômeno, que levantou a torcida, diferentemente do seleção canarinho.

A festa estava toda armada para Ronaldo, que até já tinha hora marcada para pisar no gramado, aos 30 minutos da primeira etapa. Porém, o Brasil tinha pela frente seu último teste antes do começo da Copa América, que será disputada na Argentina. Então, os demais jogadores queriam mostrar trabalho para o técnico Mano Menezes, para garantir uma vaga no grupo que via disputar a competição. O treinador brasileiro entrou em campo com seis novidades em relação a equipe que começou jogando contra a Holanda: Victor, Maicon, David Luis, Sandro, Elias e Jadson. Com eles em campo, aliados com Robinho e Neymar, o Brasil ficou bem mais veloz e objetivo, começando o jogo bem, em cima da Romênia, que apenas se defendia. Neymar, mais uma vez, foi o principal jogador brasileiro, criando as melhores chances de gol. Com Fred se apresentando mais para os companheiros, e com Jadson fazendo a rápida distribuição de bola, o time mostrou uma melhora em comparação com a partida do último sábado. Junto com Lúcio, David Luis mostrou muita segurança, antecipando as bolas do adversário e desarmando muito bem. Sandro municiou muito bem os dois zagueiros. Jadson mostrou que pode ser uma opção de meio-campo. Assim, o gol parecia questão de tempo.

Neymar e Robinho tiveram chances. Mas o gol veio mesmo com Fred. Depois de boa jogada, Neymar, dentro da área, driblou o goleiro e cruzou rasteiro para o camisa 19 empurrar para as redes, isso aos 21 minutos. 1 a 0 Brasil. A fragilidade do time da Romênia, que praticamente estava com um "time B" em campo, também ajudou a seleção a ser muito superior dentro de campo. E, aos 30 minutos, o momento mais esperado da noite. Fred, que em meia hora jogou muito mais do que quase todo o joga contra a Holanda, deixou o campo para a entrada de Ronaldo. E parece que o fenômeno despertou ainda mais o bom futebol brasileiro. Nos quinze minutos que ele permaneceu em campo, a seleção conseguiu criar as melhores oportunidades de gol em toda a partida. Os atletas canarinhos aumentaram ainda mais o ritmo, e correram em dobro em prol principalmente do fenômeno, que teve três chances claras de marcar em sua despedida. Uma pena que o goleiro romeno Ciprian Tatarusani estava em uma ótima noite, parando Ronaldo em dois momentos. A equipe se contagiou com o atacante em campo, e a torcida foi no embalo do time. Mas o primeiro tempo terminou mesmo 1 a 0 para a seleção, e Ronaldo, ovacionado, se despediu dos campos com a camisa amarela.

Porém, parece que toda a empolgação e vontade ficaram mesmo limitados ao primeiro tempo de jogo. Porque, na segunda etapa, a seleção diminuiu completamente o ritmo. Passou a tocar a bola e tentar lances em profundidade, que não deram certo. Mesmo com as mudanças de Mano (que ainda colocou no jogo Nilmar, Lucas, Lucas Leiva, Luisão e Thiago Neves), a equipe brasileira não criou mais nada. A Romênia, acomodada com o resultado, também não ameaçava. Mas, diante de um adversário muito frágil, o Brasil ficou devendo um bom segundo tempo. Somente em algumas oportunidades, quando Lucas ou Jadson tentavam algumas boas jogadas, ou Neymar e Nilmar lutavam contra os zagueiros, é que o Brasil, timidamente, tentou assustar os europeus. E só. Restou ao torcedor aguardar o final da partida melancólico, e vaiar a seleção mais uma vez. Pela segunda etapa que fez, o Brasil não merecia um aplauso se quer. Porém, nem tudo é preocupação dentro da seleção brasileira.

Despedidas a parte, o time de Mano Menezes mais uma vez apresentou dois tempos distintos. Contra a Holanda, o primeiro tempo foi decepcionante, enquanto o segundo mostrou melhoras. E, diante da Romênia, a história se inverteu, mas voltou a acontecer. Desta vez, uma primeira etapa bastante positiva, mas um segundo tempo melancólico. Dado o final do jogo, Mano anunciou os cortes para a Copa América: os goleiros Fábio e Jefferson, os meias Henrique, Anderson e Thiago Neves e os atacantes Leandro Damião e Nilmar estão fora da lista, como já esperado. Com isso, Paulo Henrique Ganso e Alexandre Pato, ambos recuperados de lesão, retornam a seleção e disputarão a competição na Argentina. Com os dois dentro de campo, o Brasil já ganha outra cara. Ganso faz o estilo clássico do camisa 10, ótimo passador e distribuidor de jogo. Pato deve reassumir a camisa 9, da onde só saiu por conta lesões. A expectativa aumenta para a Copa América. Mesmo com atuações abaixo do esperado, a seleção tem sim grupo para vencer mais uma vez.

Resta saber se Mano Menezes insistirá com o esquema 4-3-3, que acabou não dando muito certo, ou voltará para o tradicional 4-4-2. Com Ganso em campo, a volta de Elano a equipe fica eminente. Neymar e Robinho, se o esquema for este último, terão que disputar uma das vagas no ataque. A defesa já parece estar composta, com Júlio César no gol, Daniel Alves na direita, André Santos na esquerda (apesar de eu achar este nome bastante questionável) e Lúcio e Thiago Silva completando a zaga. Lucas e Ramires devem compor a dupla de volantes, e Alexandre Pato ser o nosso camisa 9. Com algumas peças que estavam faltando, a seleção completa volta a dar esperanças ao torcedor, que ficou preocupado com as duas últimas atuações. Com este grupo que possímos, ainda com algumas boas peças no banco de reservas, o Brasil entra mais uma vez como favorito a conquista da Copa América. Agora, resta esperar o próximo dia 3 de julho, para a estreia da equipe na competição, contra a Venezuela, para vermos se este time tem mesmo condições de disputar uma competição importante, aliás, a primeira sob o comando de Mano. Eu acredito nesta seleção. E você?

3 comentários:

  1. Só valeu mesmo por R9. Mais uma vez, o Brasil deixou mt a desejar. Mesmo com Pato e Ganso, pode ter problemas na Copa América que venham prejudicar o prosseguimento do trabalho de Mano.

    Saudações!!!

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  2. O Brasil deixou a desejar muito, principalmente no segundo tempo, e na Copa América as coisas podem ser diferentes, mas se o time seguir cometendo esses erros, e jogando de forma apática, vai se dar mau.

    Abraços

    http://www.conexaopaulista.com

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  3. Na Copa américa deve ser diferente, deve ser uma postura diferente, deve ser um time diferente... Apenas o técnico não deve ser diferente, hehe...
    Estou confiando no Brasil, vamos ver...

    Abraço

    http://www.gremista-sangueazul.com/

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