quarta-feira, 7 de julho de 2010

Em sua melhor apresentação, Espanha vence Alemanha e fará final inédita

Na sua melhor apresentação na Copa do Mundo até aqui, a Espanha venceu a Alemanha no estádio Moses Mabhida, em Durban, na tarde desta quarta-feira, e pela primeira vez em sua história chega a uma final de Mundial. Agora, a fúria fará uma final inédita contra a Holanda, que assim como os espanhóis, nunca foram campeões mundiais.

A primeira etapa se iniciou com a Espanha tendo o domínio da posse de bola e chegando ao ataque, tendo sua primeira chance com Villa, que dividiu com o goleiro Neuer, mas não conseguiu ganhar a jogada. Como no estilo espanhol, a fúria tocava a bola pacientemente, esperando uma brecha da forte e consistente marcação alemã. A melhor oportunidade de gol veio numa cabeçada de Puyol, que passou por cima do travessão. A Alemanha seguia acuada no seu campo de defesa, errando passes e não conseguindo sair nos contra-golpes. O ritmo do jogo era lento, tanto é que a primeira falta da partida veio ocorrer somente aos 26 minutos, e o primeiro chute a gol dos alemães aos 31, quando Trochowski bateu rasteiro e Casillas se esticou para espalmar. Primeiro tempo morno, sem emoções.

Para a segunda etapa, os treinadores não promoveram substituições, e o panorama da partida não mudou. A Espanha seguia com a grande maioria da posse de bola, dominava o meio-de-campo e continuava tocando a bola em busca de espaços. A Alemanha continuava a se limitar em apenas marcar os espanhóis, não encaixando a grande arma dos germânicos, os contra-ataques. A primeira chance do segundo tempo veio en sequência, com dois chutes de fora da área de Xabi Alonso. A fúria seguia dominando amplamente o jogo, e chegou muito perto de marcar aos 12 minutos. Primeiro, Pedro chutou de longe e Neuer espalmou. Na continuação da jogada, Iniesta invadiu a área e chutou cruzado, mas Villa não chegou a tempo de finalizar. Pedro ainda tentou novamento, mas arrematou para fora, com perigo. A Alemanha teve sua chance quando Kroos aproveitou cruzamento pela esquerda, mas Casillas evitou o gol. Ditando o ritmo no meio, a Espanha conseguiu seu gol em um lance de bola parada. Aos 27 minutos, Xavi cobrou escanteio pela esquerda e Puyol subiu livre para testar firme, abrindo o placar para a fúria, numa falha de marcação da sólida defesa alemã. Então a Alemanha partiu com tudo ao ataque. Joaquim Löw sacou o volante Khedira e pôs o atacante Mario Gomez. Com Özil muito bem marcado e aparecendo muito pouco, e com Schweinsteiger se preocupando mais em marcar do que em armar jogadas, os alemães tiveram dificuldades e não criaram oportunidades de empatar a partida. Já a Espanha, depois do gol, recuou um pouco e perdeu inúmeras chances de matar o jogo nos contra-ataques, todos desperdiçados. Mas nenhum deles fizeram falta. A fúria se classifica para uma inédita final em sua história.

Mostrando melhor futebol que a Alemanha, e fazendo sua melhor partida na Copa, a Espanha conseguiu a vaga com ampla justiça. Ganhou o jogo no meio, comandado por Xabi Alonso, Xavi e principalmente Iniesta. Villa, que jogou centralizado, não brilhou como nos outros jogos, mas mesmo assim foi importante. Jogando cadenciado, valorizando o futebol bonito e envolvente, a fúria está em festa com a inédita final. O adversário será a Holanda, que junto com os próprios espanhóis, foi a seleção que se apresentou melhor nestes dois anos que se passaram. Agora, a Espanha espera não ficar no quase de novo, mesmo que já tenha feito uma campanha histórica, a melhor de todos os tempos, que pode ser coroada com o título mundial, tão sonhado e desejado por todos os torcedores da fúria. Já a Alemanha não seguiu seu padrão de jogo nesta partida, não atacou em quase nenhum momento, não conseguiu encaixar seus eficientes contra-ataques, aceitou o domínio espanhol e foi eliminada. Resta agora lutar pelo terceiro lugar, e repetir a bela campanha que a seleção fez em 2006.

6 comentários:

  1. É cara, teremos um campeão inédito. Independente de quem vencer, um 8º país entrará para o "Hall dos Campeões Mundiais". Aguardo pela final inédita.

    Abraços!

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  2. O título resume bem: foi o melhor jogo da Espanha na Copa. A Alemanha sentiu muito a ausência de Muller para montar contra-ataques.
    E legal que teremos um campeão inédito, de duas seleções que já mereciam ter ao menos uma conquista...
    Abs!

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  3. e ai Gabriel, blz.
    a furia mereceu vencer, e essa final com dois time que ainda não venceram nenhuma copa é bom para o futebol em geral, sem contar que ambas equipes já mereciam esse titulo.... quem vence a final.... pergunta para o polvo,kkkkkkkkkkkkk

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  4. Fala, cara!

    Outro que jogou uma partidaça, e é um jogador essencial pro time, é o Busquets. Ele anulou o Özil, jogou muito.

    Pena que o pessoal só esteja lembrando do gol que o Pedro perdeu no fim, mas ele fez uma partidaça, deu drible ao time espanhol, coisa que até então não tinha. Fernando Torres tem que continuar na reserva, mesmo sendo final de Copa do Mundo.


    Abraços!

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  5. Fala Gabriel !
    Estava rodando por alguns blogs e vim parar aqui, também tenho um blog sobre futebol, quando puder da uma passada lá.

    Grande abraço e parabéns pelo blog !

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  6. Faaaaaaaala Gabriel. Blz ???

    Cara, foi um jogo muito bom de se ver.
    A Espanha tá parecendo muito a equipe do América dos anos 50 e 60 em sua forma de jogar.
    Domingo o bicho vai pegar !!

    Abraços e Saudações Vascaínas !!!

    Carlos Vascaíno.

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