 Um fato que ganhou bastante destaque nos últimos dias e que rodou todos os noticiários não só do futebol foi a crise que se instalou dentro da Fifa. O orgão maior do futebol mundial vive atualmente um dos momentos mais críticos de sua história, às vésperas de mais uma eleição que elegerá o futuro presidente da entidade.
Um fato que ganhou bastante destaque nos últimos dias e que rodou todos os noticiários não só do futebol foi a crise que se instalou dentro da Fifa. O orgão maior do futebol mundial vive atualmente um dos momentos mais críticos de sua história, às vésperas de mais uma eleição que elegerá o futuro presidente da entidade.Primeiramente, vamos entender o caso. O atual presidente da Fifa, Joseph Blatter, hoje é o único homem que mostrou interesse em se candidatar ao cargo na eleição, que deve acontecer nesta quarta-feira. Porém, esta situação se deu a poucos dias atrás. Isso porque Mohamed Bin Hammam, presidente da Confederação Asiática de Futebol, também estava concorrendo ao cargo, mas retirou sua candidatura, depois de várias suspeitas e denúncias sobre corrupção dentro do mundo dos bastidores do futebol. O secretário-geral da Fifa e braço direito de Blatter dentro da entidade, Jêróme Valcke, havia escrito num e-mail que Bin Hammam teria comprado votos da eleição que elegeu o Catar para ser sede da Copa do Mundo de 2022, e-mail que se tornou público pelo até então vice-presidente da Fifa, Jack Warner. Leia um trecho do e-mail abaixo e tire suas conclusões:
"Sobre Bin Hammam, nunca entendi por que ele está concorrendo", disse Valcke no email, segundo Warner. "Se ele realmente achou que tinha uma chance ou se foi apenas uma maneira extrema de mostrar como ele não gosta mais de Blatter."
"Ou ele pensou que poderia comprar a Fifa como comprou a WC (Copa do Mundo)", acrescentou o email.
Tanto Mohamed Bin Hammam, que retirou sua candidatura dias antes desta notícia vir a tona, quanto Jack Warner foram afastados da Fifa pelo Comitê de Ética da entidade por tempo indeterminado, poe serem considerados suspeitos de tentar comprar votos dos dirigentes do Catar em relação ao Mundial de 2022. Valcke confirmou o envio do e-mail, mas declarou que Warner selecionou algumas partes da conversa, não expondo ela por completo. O Congresso da Fifa teve seu início nesta terça-feira, e a eleição que escolherá o futuro presidente da entidade deve acontecer amanhã. Deve porque existe um risco de ela não ocorrer.
Isto porque presidentes de algumas entidades associdas a Fifa estão tentando adiar a eleição, por conta destes casos suspeitos de corrupção e denúncias. O principal encabecador desta ideia é o presidente da Federação Inglesa, David Bernstein, que tentará apoio de outros países para conseguir cancelar o pleito. Mas a tarefa não é das mais fáceis. Para isso acontecer, 156 das 208 federações precisam votar contra a realização das eleições, coisa que parece ser pouco possível. Mas, como já vimos, no mundo dos bastidores do futebol tudo pode acontecer.
Então, a quarta-feira promete ser bastante agitada no Congresso da Fifa, que está acontecendo na sede da entidade, em Zurique, na Suíça. Em meio a tantas conversas, denúncias, boatos e suspeitos, o futuro do orgão maior do nosso futebol estará em jogo. Não dentro de campo, com calções e chuteiras, mas com homens engravatados, dentro dos bastidores, com suas conversas e manobras. Prestes a assumir seu quarto mandado, Joseph Blatter deve ganhar a eleição, caso ela ocorra, também por se tratar do único candidato disposto a assumir a entidade. O atual presidente tenta disfarçar a crise, mas ela já parece estar muito exposta a todos os olhos. O mundo da corrupção e dos crimes parece mesmo ter contagiado a Fifa. Qual será o futuro dela?
 
 
 































