terça-feira, 27 de setembro de 2011

As baixas e a tentativa de subida de Mano na seleção

Neste meio de semana o Campeonato Brasileiro dá uma pausa, tudo por causa do segundo jogo da “decisão” reedição da Copa Rocca, entre Brasil e Argentina. A partida será disputada em solo brasileiro, na cidade de Belém, e terá os mesmos “estigmas” do jogo de ida: apenas jogadores que atuam no futebol nacional dos respectivos países foram convocados e entrarão em campo na disputa pela taça do “Superclássico das Américas”.

E, mesmo antes do duelo começar dentro de campo, o técnico da nossa seleção, Mano Menezes, já teve duas baixas em seu elenco, coisa que, se tratando de seleção, não é nada bom. Uma delas por conta de lesão, o que até virou uma certa “rotina” no Brasil. Porém, a outra é muito difícil de entender. Mesmo diante destas dificuldades, o treinador da nossa seleção tentará apresentar ao torcedor brasileiro uma equipe que jogue bem, vença e convença, porque, aqui no Brasil, é assim que as coisas funcionam, e também porque a fase de Mano no comando da seleção não é nada favorável.

Primeiramente, antes mesmo da convocação do grupo de jogadores para o jogo desta quarta-feira, Mano Menezes já não pode contar com Leandro Damião, peça-chave desta nova seleção, que se lesionou jogando o Brasileirão, e Paulo Henrique Ganso, que continua machucado. Além destes, Mano, depois de anunciar a lista de convocados, sofreu novamente com mais duas baixas em seu elenco. O volante Paulinho foi cortado por se apresentar a seleção brasileira lesionado. Assim, Mano foi obrigado a tirar um de seus titulares na partida de ida na Argentina de seus planos. Até aí, nenhuma surpresa, as lesões são consequência das partidas disputadas pelos atletas. Mas, no caso do lateral-direto Mário Fernandes, do Grêmio, o impasse não foi por conta de lesões ou problemas físicos. O jovem jogador pediu dispensa da convocação, alegando primeiramente que estaria totalmente focado no Grêmio e na disputa do Campeonato Brasileiro, e que assim não poderia defender o Brasil. Mas, posteriormente, o atleta alegou alguns problemas pessoais como motivo de seu pedido de dispensa.

Assim como a maioria dos torcedores e amantes da seleção brasileira (acho eu), esse blogueiro que vos fala não engoliu esta história. É realmente estranho porque um jogador tão jovem e com tanto potencial técnico pede dispensa da seleção brasileira assim, de uma hora para outra, alegando versões no mínimo duvidosas para tentar explicar o fato. Esta história envolvendo Mário Fernandes retrata mais uma vez uma grande e lamentável realidade dentro do futebol brasileiro, com os jogadores não dando a devida importância e não tendo orgulho o bastante para vestir a camisa da seleção pentacampeão do mundo. Antigamente, chegar a seleção era o auge na carreira de qualquer jogador de futebol, seja ele quem fosse. Porém, atualmente, os atletas estão mais preocupados em transferências para o exterior, esquecendo um pouco do seu “patriotismo” em relação ao país. Situação que cada vez mais se agrava e se vê no futebol nacional. Infelizmente, Mário Fernandes é mais um jogador que entra neste fato. Porém, ele deveria enxergar que a seleção brasileira pode ser uma grande vitrine para o futebol mundial, mas, agora, com este caso, as portas para ele dentro da seleção provavelmente serão fechadas. Lamentável, pois se trata de um atleta jovem e com muita qualidade.

E, mesmo com todas estas dificuldades, Mano Menezes terá que encarar mais uma desafio, desta vez diante do torcedor brasileiro, que promete lotar o estádio Mangueirão. Precisando vencer e convencer, Mano terá que mostrar todo seu potencial apresentado quando dirigiu Grêmio e Corinthians, e que o fizeram chegar ao comando da nossa seleção. Mesmo contando apenas com jogadores que atuam no futebol brasileiro, o treinador pode montar uma equipe de qualidade para bater nossos maiores rivais, sem medo de perder ou de arriscar. As mudanças acontecerão, devido as baixas já relatadas. Porém, o estilo de jogo brasileiro não deve se alterar muito. Aliás, Mano ainda corre atrás de um “padrão de jogo” para o Brasil, que, neste período de mais de um ano com Mano Menezes no comando, não achou, dificultando ainda mais este processo que sempre visa a Copa do Mundo de 2014. Mas a equipe deve jogar da mesma forma que atuou nos últimos amistosos, jogando num 4-2-1-3, com dois cabeças-de-área mais plantados, um terceiro volante que sei para o jogo e ajuda na armação da equipe, dois pontas (um em cada lado do campo) e um centroavante.

É assim que a seleção brasileira vai para mais um desafio, contra nossos maiores rivais, valendo o título simbólico do “Superclássico das Américas”. Com baixas, mas com Mano Menezes tendo que subir de produção na seleção e também no conceito do torcedor brasileiro, o Brasil vai em busca da vitória, para seguir seu caminho rumo ao Mundial de 2014.

2 comentários:

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