quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Crise no futebol nacional x Busca e falta de conjunto = 0 a 0

Depois de vários problemas devidos as enchentes que atingiram o Vale do Itajaí neste início de Setembro, dificuldades aliás já relatadas aqui, o Blog Futebol Na Veia volta a todo vapor. Alguns problemas perduram, mas, aos poucos, vamos reestabelecendo a "conexão" com esta Blogosfera e com todo o futebol mundial, para a minha imensa satisfação, que já estava com saudade deste nosso "mundinho". Quero agradecer muito a todos os comentários de apoio de vários parceiros, e comunico que, aos poucos, as coisas estão voltando a sua normalidade, graças a Deus. Muito obrigado mesmo!

E nada melhor que voltarmos falando de Seleção Brasileira, que, neste meio de semana, voltou a entrar em campo para mais uma partida. Mas não era um jogo qualquer. O duelo era contra nossos maiores rivais, a Argentina, no primeiro jogo da reedição da já extinta Copa Roca. Mas o duelo de quarta-feira não justificou e não honrou nem um pouco a tradição e a rivalidade entre estas duas grandes seleções. Num jogo bastante frio e apático, as duas equipes ficaram num 0 a 0 chato e muito feio na visão dos torcedores, que esperavam com certeza um algo a mais, já que se trata de um Brasil x Argentina.

As duas seleções, apesar de grandes rivais, entraram e proporcionaram em campo várias coisas em comum. Primeiramente, os times foram convocados e escalados apenas com jogadores que atuam no futebol nacional dos respectivos países. E, querendo ou não, também por este motivo, a qualidade técnica das equipes caiu bastante. Principalmente por parte dos argentinos, que vivem uma péssima fase no seu futebol nacional, que passa por grandes dificuldades, com seus principais clubes a beira do rebaixamento nas competições e a até beirando a falências, com graves problemas financeiros. E, querendo ou não, isso, de certa forma, influencia dentro de campo. Porém, mesmo com estas dificuldades, se esperava um belo confronto, com muita luta, disputa e a já famosa "catimba". Mas não foi bem isso o que se viu.

Tanto brasileiros como argentinos fizeram um clássico muito aquém do esperado. A Seleção Brasileira entrou no gramado do estádio Mário Kempes, em Córdoba, cheio de novidades. As principais eram o goleiro Jeferson, a dupla de zaga, formada por Réver e Dedé, as laterais, compostas por Danilo e Kleber, e o meio-de-campo, que tinha Ralf, Paulinho e Renato Abreu. Somente o ataque não foi mudado em relação aos últimos jogos. Ronaldinho Gaúcho, Neymar e Leandro Damião comandavam o setor ofensivo da equipe. Na Argentina não foi diferente. Numa grande mescla de jogadores do Estudiantes e do Vélez Sarsfield (as duas equipes que vem conseguindo os resultados mais expressivos em relação aos clubes do país), o pequeno entrosamento dos nossos hermanos proporcionou um primeiro tempo mais efetivo do rival no campo de ataque. Porém, esta efetividade ficou restrita no toque de bola, sem muita objetividade. Quase não houveram chances claras de gol. Por parte dos argentinos, duas bolas foram perigosas ao gol de Jeferson. Já o Brasil sofria com a falta de entrosamento e só chegava a frente com lances individuais de seus principais jogadores. Exemplo disso foi a melhor chance brasileira no primeiro tempo, quando Neymar fez jogada individual e Leandro Damião parou na trave. E só.

Na segunda etapa, o lento ritmo da etapa inicial continuou. Sem velocidade, as duas equipes se limitavam a tocar a bola. Sem criatividade no meio-de-campo, Mano Menezes mexeu na equipe. Sacou um apagado Renato Abreu e colocou o colorado Oscar, afim de dar mais mobilidade e eficiência na criação das jogadas. A partir daí, o Brasil melhorou, controlou mais a bola, só que a lentidão no meio continuava. O desentrosamento atrapalhava, e a seleção mais uma vez apelou para a individualidade para chegar perto do gol. Em duas oportunidades, dois dos principais homens de frente da seleção tentaram, mas não conseguiram marcar. Primeiramente, Leandro Damião aplicou uma linda carretilha no defensor argentino, entrou na área e tocou por cima, mas, assim como no primeiro tempo, parou na trave. Depois, Ronaldinho Gaúcho cobrou falta da entrada da área, fazendo o goleiro Orión se esticar para defender. Assim como no confronto contra Gana, o Gaúcho parou no arqueiro. Após isso, a Argentina até tentou esboçar uma reação, só que pouco assustou o gol do goleiro Jeferson. Um 0 a 0 bastante decpecionante e frustrante para ambas as seleções.

O primeiro jogo da reedição da Copa Roca mostrou grandes ineficiências das duas seleções. Para a Argentina, a má fase do seu futebol nacional se confirmou ainda mais. A qualidade técnica dos jogadores é discutível, e a seleção só conseguiu assustar em alguns momentos devido ao entrosamento de seus jogadores, que fizeram uma mescla dos principais clubes do país na atualidade. O técnico Alejandro Sabella já viu que necessitará muito das estrelas argentinas que jogam na Europa para fazer esta seleção empolgar e engrenar novamente. Já o Brasil se decpecionou com seu time tipicamente "nacional". Se esperava mais da equipe, que, depois do segundo confronto contra os hermanos, deve voltar com um misto de atletas que atuam no país e fora dele. Quem deve permanecer neste lista são somente a linha ofensiva da equipe, com Ronaldinho Gaúcho, Neymar e Leandro Damião.

O restante, no máximo, deve ficar como opção para Mano Menezes, que deixou alguns jogadores que atuam no futebol nacional que mereciam a convocação de fora da lista. O próximo duelo é daqui a duas semanas, no estádio Mangueirão, em Belém, no Pará. A equipe não deve mudar muito em relação a esta. Mas o que se espera é uma mudança de atitudade da equipe, que, mesmo com o desentrosamento, poderia ter apresentado um melhor futebol, ficando muito dependente de suas estrelas individuais. E, numa seleção brasileira, a coisa não pode ser assim. A busca pelo conjunto ideal continua nesta seleção de Mano Menezes, e o torcedor brasileiro ainda espera uma definição para este conjunto, coisa que parece bastante difícil.

4 comentários:

  1. Gabriel,
    hoje o problema maior é o próprio Mano Menezes. Está espetado entre o fogo e frigideira. As derrotas para grandes seleções só complicaram ainda mais, ou seja, o medo perder tira avontade de ganhar. Se perdesse novamente para a Argentina, com certeza perderia também o restinho de prestigio ou esperança em comandar uma boa seleção. Deu para notar isso no excesso de cautela que teve nesse primeiro jogo, por isso chego a conclusão que não serve para a seleção, técnico do Brasil não pode ter medo de perder.

    BLOG DO CLEBER SOARES
    www.clebersoares.blogspot.com

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  2. Jogo sonolento, apático, atípico, perdi meu tempo.

    Gabriel, te mandei um e-mail, mas voltou.

    Queria que visitasse meu blog:
    http://www.latasfc.wordpress.com

    Se gostar podemos trocar links e se gostar mais ainda e quiser fazer uma
    matéria para seus leitores, aí eu ficaria muito feliz.

    Vi que é torcedor do Brusque.
    Há uns anos atrás eu participava do fórum do Futebol Sul com torcedores
    catarinenses, principalmente de Blumenau, Brusque e Timbó.
    As brigas eram intensas e eu me divertia muito.

    Bom, espero que curta o blog!

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  3. Grande blog !

    Entrevista exclusiva com Maykon , jogador que representa no Leiria ,e já passou por Paços de Ferreira e Belenenses. O Brasileiro conta tudo : A mudança para o Leria , balaço que faz das 2 epocas no Paços , objectivos para este epoca entre outras exclusivas perguntas !
    A não perder em
    http://contra-ataque1.blogspot.com/
    Abraço

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  4. Pois é falou tudo no título... O brasil realmente está me decepcionando, claro que sao jogadores bem diferentes, mas bem melhores do que os argentinos, deveriam ter vencido

    Abraço

    ||| { SANGUE AZUL } |||
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    ---> Vídeo Exclusivo: As conquistas continentais do Grêmio
    ---> Respeito dos adversários pelo Grêmio

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