quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

A Libertadores vem aí!

Mais uma edição Copa Libertadores da América teve início ontem com três jogos, e o complementado da rodada de abertura hoje. O torneio mais cobiçado das Américas e tão esperado, principalmente pelos times brasileiros, será disputado por 32 equipes dos países da América do Sul e México. Sem os papões argentinos, Boca Juniors e River Plate, que não conseguiram a vaga, o caminho dos brasileiros fica teoricamente mais fácil, mas os times dos outros países também têm qualidade. Vamos a análise dos grupos.

GRUPO 1:

Corinthians-BRA
Cerro Porteño-PAR
Independiente Medellín-COL
Racing-URU


No ano de seu centenário, o Corinthians entra na Libertadores disposto a conquistar o 1º título. Se reforçou muito, com o lateral-esquerdo Roberto Carlos, o volante Ralf, os meias Tcheco e Danilo e o atacante Iarley. Ronaldo (foto) e Roberto Carlos são os destaques.
Time-base: Felipe, Alessandro, Chicão, William e Roberto Carlos; Jucilei, Elias e Danilo (Tcheco); Jorge Henrique, Iarley e Ronaldo.
Técnico: Mano Menezes.

Atual campeão paraguaio e tradicional equipe, o Cerro Porteño nunca conquistou a Libertadores, mas já alcançou a semifinal em cinco oportunidades. Aposta numa legião argentina para ir longe na competição.
Cinco vezes campeão colombiano, o Independiente Medellín tem como inspiração a campanha de 2003 na Libertadores, quando chegou à semifinal. Destaque para o goleiro da seleção paraguaia, Bobadilla.
Teoricamente o time mais fraco do grupo, o Racing, mesmo sendo um clube antigo (fundado em 1919), não soma grandes títulos na bagagem - o mais recente foi a 2ª divisão do Uruguaio em 2008.

Palpite:
O timão já terá um bom teste na primeira fase, com adversários fortes. Deve ter atenção. Mas deve passar. Cerro e I.Medellín devem lutar pela segunda vaga.

GRUPO 2:

São Paulo-BRA
Nacional-URU
Onde Caldas-COL
Monterrey-MÉX


Três vezes campeão continental - a última vez em 2005 -, o São Paulo disputa a sétima Libertadores seguida com o mesmo foco dos anos anteriores. Contratou muitos reforços, entre eles os zagueiros Xandão, André Luís e Alex Silva, os meias Léo Lima, Carlinhos Paraíba e Marcelinho Paraíba e o atacante Fernandinho.
Time-base: Rogério Ceni, Renato Silva, Miranda e André Luis; Jean, Richarlyson, Hernanes, Marcelinho Paraíba e Jorge Wagner; Washington e Dagoberto.
Técnico: Ricardo Gomes.

Fundado em 1904, o Nacional coleciona três títulos da primeira divisão do Campeonato Paraguaio e ainda luta por sua primeira Libertadores. É cosiderado o mais fraco do grupo.
Depois de faturar a Libertadores de 2004, batendo o poderoso Boca Juniors na decisão, o Once Caldas tenta surpreender a América mais uma vez. Destaque para o zagueiro Castrillón, da seleção colombiana.
Atual campeão mexicano, depois de bater o Cruz Azul, e embalado depois de eliminar o América na fase de pré-Libertadores, o Monterrey busca seu segundo título internacional - o primeiro foi a Recopa da Concacaf de 1993. destaque para o meia Néri Cardozo, ex-Boca Juniors, e o atacante Val Baiano, artilheiro do Barueri no ano passado.

Palpite: O São Paulo, a exemplo do rival Corinthians, deve classificar, mas terá trabalho para passar por Monterrey e Once Caldas.

GRUPO 3:

Estudiantes-ARG
Alianza Lima-PER
Bolívar-BOL
Juan Aurich-PER


Atual campeão da Libertadores, o Estudiantes luta pelo penta com o meia Verón (foto) liderando seus colegas em campo mais uma vez. Bolatti, que foi artilheiro no ano passado, permanece na equipe. O clube ainda se reforçou com o volante Sosa, ex-Bayer Muncihe.
O Alianza Lima, atual vide-campeão peruano, ainda busca seu primeiro título continental, mas no Peru a equipe é bastante vitoriosa: são 22 títulos nacionais em sua galeria.
Vice-campeão da Copa Sul-Americana em 2004, o Bolívar é o segundo maior vencedor da história do Campeonato Boliviano, com 16 conquistas. Geralmente consegue a maioria dos pontos na altitude. destaque para o brasileiro Alex da Rosa, que joga na seleção boliviana.
Com poucos títulos em sua galeria, o Juan Aurich disputa sua terceira edição da Libertadores na história - as outras duas foram em 1969 e 2009. é treinado por Luís Fernando Suárez, que comandou o Equador na Copa do Mundo de 2006.

Palpite: O Estudiante deve passar sem problemas, pois caiu num dos grupos mais fáceis. O Allianza deve ficar com a segunda vaga, mas a altitude pode ajudar o Bolívar.

GRUPO 4:

Blooming-BOL
Libertad-PAR
Lanús-ARG
Universitário-PER


Em ascensão, o Lanús tem como grandes conquistas a Copa Conmebol de 1996 e o título do Apertura do Campeonato Argentino de 2007, e aposta na base criada a três anos. Os destaques são o goleiro Caranta, (foto), ex-Boca, e o atacante paraguaio Salcedo.
Com pouco mais de 60 anos de vida, o Blooming já conquistou o Campeonato Boliviano em 1984, 1998, 1999, 2005 (Apertura) e 2009 (Clausura). Tem como destaque no ataque Castillo, ex-Atlético-MG.
Campeão peruano de 2009, e vice-campeão da Libertadores de 1972, perdendo a decisão para o Independiente, o Universitário também soma 25 títulos nacionais. Tem como capitão o zagueiro argentino Galván, ex-Atlético-MG e Santos.
O Libertad vem fazendo boas campanhas nos últimos anos, inclusive na Libertadores, além de somar 14 títulos paraguaios em sua galeria. Passou pelo Deportivo Táchira na fase preliminar, e tem o atacante Cáceres, da seleção paraguaia, no elenco.

Palpite: Grupo nivelado. Pra mim, passam Lanús e Libertad, não necessariamente nesta ordem. Universitário e Blooming correm por fora.

GRUPO 5:


Internacional-BRA
Cerro-URU
Deportivo Quito-QUE
Newell’s Old Boys-ARG ou Emelec-QUE


Campeão em 2006, quando também faturou o Mundial de Clubes, o Inter tenta repetir o feito em 2010 - agora sob o comando de Jorge Fossati (foto), que foi campeão com a LDU em 2008 batendo o Fluminense na final. Contratou alguns reforços, como o lateral Nei, o volante Wilson Mathias e os atacantes Thiago Humberto e Kleber Santana.
Time-base: Lauro, Nei, Índio, Bolívar e Kleber; Guiñazu, Sandro, D’Alessandro e Giuliano; Taison e Alecssandro.
Técnico: Jorge Fossati.

Com um desempenho modesto em relação a títulos internacionais, o Cerro disputa sua segunda edição de Libertadores - a primeira foi em 1995.
Bicampeão equatoriano, o Deportivo Quito substitui a LDU, campeã da Libertadores de 2008, como equipe que joga a mais de 2,8 mil metros de altitude. é treinado por Rubén Dario, vice-campeão da Libertadores com o Barcelona-EQU em 1998, quando foi derrotado pelo Vasco na final. Destaques para Edwin Tenório e Ivan Hurtado.
Vice do Apertura em 2009, o Newell's Old Boys já foi duas vezes vice da Libertadores, em 1988 e 1992. Já o Emelec tem como destaque 10 troféus do Equatoriano

Palpite:
O Internacional não tem desculpas como em 2007 (o time era o atual campeão e caiu na fase de grupos, mas na ocasião pegou adversários fortes na primeira fase) para não passar de fase. Deve ir para as oitavas junto com Newell’s. ou Deportivo, que usa a altitude como maior aliada.

GRUPO 6:

Banfield-ARG
Nacional-URU
Deportivo Cuenca-QUE
Morelia-MEX


Campeão argentino pela primeira vez no ano passado, o Banfield tenta manter a boa fase na disputa da sua terceira edição de Libertadores. Mas perdeu suas peças importantes, como o artilheiro Santiago Silva, o “El Tanque”.
Fundado um ano depois da Copa do Mundo de 1970, o Deportivo Cuenca tem como grande conquista o Campeonato Equatoriano de 2004. Usa a altitude de 2.550 como aliada. Corre por fora.
Duas vezes vice-campeão da Liga dos Campeões da Concacaf, o Morelia disputa sua segunda edição da Libertadores - a estreia foi em 2002. Tem o experiente atacante Borghetti, ex-seleção mexicana, como destaque.
Três vezes campeão da Libertadores e do Mundial Interclubes, o Nacional é um dos clubes mais tradicionais do Uruguai - ao lado do Peñarol. Chegou as semifinais no ano passado, eliminando o Palmeiras nas quartas. É um dos favoritos.

Palpite: Grupo bem equilibrado, mas são favoritos a passar de fase o Nacional e o Banfield. O Morélia também tem chances, e o Cuenca corre por fora.

GRUPO 7:

Vélez Sarsfield-ARG
Colo-Colo-CHI
Cruzeiro-BRA
Deportivo Itália-VEM


Atual vice-campeão da Libertadores, o Cruzeiro retoma busca pelo tri em 2010 após uma bela arrancada no Campeonato Brasileiro de 2009. Tem poucas novidades. O meia Pedro Ken e o atacante Andersson Lessa, mas conta com um forte elenco, que a diretoria conseguiu manter Kleber (foto) e que Adílson Baptista conehece.
Time-base: Fábio, Jonathan, Leonardo Silva, Gil e Diego Renan; Fabrício, Marquinhos Paraná, Henrique e Gilberto; Kleber e Wellington Paulista.
Técnico: Adílson Baptista.

Algoz do São Paulo na final da Libertadores de 1994, o Vélez Sarsfield usa aquela campanha como inspiração na luta pelo bicampeonato. Tem como destaques o zagueiro Sebá, ex-Corinthians, o meia Zapata e o atacante Santiago Silva.
Dono de 28 títulos do Campeonato Chileno, o Colo Colo é um dos times mais tradicionais do país e já faturou a Libertadores, no ano de 1991. tem um time forte, com destaque para os atacantes Miralles e Bogado.
Fundado por imigrantes, o Deportivo Itália - cujo uniforme é semelhante ao da seleção tetracampeã mundial - já foi campeão nacional cinco vezes.

Palpite: O Cruzeiro pegou logo de cara um grupo muito forte, um dos mais equilibrados, tendo como maiores adversários o Vélez e o Colo-Colo. A briga vai ser entre estes três clubes, e a raposa tem que tomar cuidado.

GRUPO 8:

Caracas-VEN
Flamengo-BRA
Universidad de Chile-CHI
Colón-ARG ou Universidad Católica-CHI


Atual campeão brasileiro e com Adriano (foto) e Vagner Love como dupla de ataque, ambos municiados por Petkovic, o Flamengo tenta o bi continental. Trouxe poucos reforços, Vagner Love, Fernando e Michael. O técnico Andrade conhece o elenco e foi efetivado.
Time-base: Bruno, Leonardo Moura, Álvaro, Ronald Angelim e Juan; Maldonado, Willians, Kléberson e Petkovic; Adriano e Vagner Love.
Técnico: Andrade.

Dez vezes campeão nacional, o Caracas disputa a Libertadores de 2010 disposto a realizar a melhor campanha de um time venezuelano no torneio. Sofreu um desmanche no fim do ano passado.
Um dos clubes de maior tradição no futebol chileno, a Universidad do Chile tem como melhor resultado na Libertadores um 3º lugar, em 1970. É a base da seleção chilena que vai a Copa do Mundo.
A Universidad Católica tem um vice da Libertadores na galeria, e tentará brigar pela classifcação junto com seu compatriota Universidad.

Palpite:
O Flamengo deve passar, e tem como principais adversários o Universidad de Chile e o Universidad Católica.

2 comentários:

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